Grandes regiões do globo terrestre apresentam fauna distinta das espécies animais das áreas adjacentes. Isso é reflexo da história evolutiva dos grupos de animais e das modificações da superfície terrestre que proporcionam a migração desses animais para outras regiões. O conhecimento acerca das modificações climáticas, da geografia de um local e da relação que os seres vivos estabelecem entre si e com os fatores abióticos, ajuda na compreensão dos padrões atuais de distribuição das espécies. Com base no texto acima, explique porque os cangurus só existem na Austrália.
Soluções para a tarefa
Zoogeografia é o ramo da biogeografia que estuda a distribuição geográfica das espécies animais. Além de mapear a distribuição atual das espécies, os zoogeógrafos formulam teorias para explicar essa distribuição, baseados em informações sobre geografia, fisiografia, clima, e história geológica, assim como o conhecimento da história evolutiva dos animais e as relações entre eles.
Um dos pioneiros dos estudos zoogeográficos foi Alfred Russel Wallace, que em 1860 tratou da distribuição dos animais na Malásia e na Austrália, em estudo que deu origem à obra "The Geographical Distribution of Animals" (1875; "A distribuição geográfica dos animais"), depois complementada em "Island Life" (1880; "Vida das ilhas"). A divisão do globo em regiões faunísticas proposta por Wallace, com pequenas alterações e ampliações, ainda é aceita na atualidade.
Importância da zoogeografia. O interesse dos estudos zoogeográficos dependem em grande parte da influência indireta que os animais exercem sobre as atividades humanas. Assim, por exemplo, o conhecimento das áreas de caça serve não só para a obtenção de alimentos, como para o aproveitamento comercial das peles, e o conhecimento da distribuição da fauna da plataforma continental, para fins de pesca.
No rol dos prejuízos que os animais acarretam à vida humana, incluem-se as doenças transmitidas principalmente por insetos -- doença do sono, febre amarela, malária, dengue -- e a perda de lavouras que sofrem o ataque de pragas como os gafanhotos. A ação humana também tem sido destrutiva em muitos casos, produzindo não só migrações em massa, mas também a quase extinção de algumas espécies. É o caso da ararinha-azul e do Mico-leão-dourado, por exemplo. Para preservar algumas espécies raras, mantendo-as em seu ambiente normal, têm sido criados, em vários países, parques nacionais e reservas.
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