Português, perguntado por 0LeticiaSantos, 11 meses atrás

Gostaria que alguém pudesse me ajudar, preciso fazer um soneto sobre José Verissimo, se alguém tivesse alguma dica como posso fazer esse soneto ou qualquer coisa me fala pfv.
Obrigado!

Soluções para a tarefa

Respondido por xandibis
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Comecemos:

1. Reflexione um sonho, uma ânsia, uma ideia, uma situação ou um sentimento, o que você pretenda descrever ou narrar no poema.

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Exemplo:

“Eu falarei sobre o que acho de mim neste mundo: sou alguém que gosta de escrever o que sente, mas não de falar muito. Alguém que fica como um bicho estranho e sozinho com suas mágoas e fantasias, mas eu gosto disso. Preciso explicá-lo aos demais, mesmo que não penso mudar de atitude.”

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2. Procure palavras pouco conhecidas e relacionadas com o que vai escrever: verbos, advérbios, conjunções, preposições e substantivos. Faça uma lista.

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Exemplo:

Achar= pensar= crer= acreditar= intuir= adivinhar

Dizer= falar= expressar= conversar= expor

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Tarde, cedo, pouco, bastante, depois…

Talvez, acaso, se calhar, pode ser…

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A, ante, baixo, com, contra, até, para, por…

E, ou, mas, porém, que, porque, mesmo que…

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Mundo= terra=planeta = universo…

Tristeza= mágoa= nostalgia= desânimo…

Desejos, fantasias, anseios, ânsias…

Pássaro: rouxinol, andorinha, gaivota, águia…

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3. Antes de começar, lembre e use as partes do conto: introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão.

Exemplo: pergunte a você mesmo continuamente, enquanto escreve seu poema:

O quê? Como? Quem? Onde? Quando? Porquê?…

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4. Crie mais de uma frase ou oração próprias de você, não muito compridas. Use palavras precisas que aludam ao que pus na primeira regra.

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Exemplo

Alguém sou eu, alguém que pouco fala

Sou alguém neste mundo que fala pouco

Sou alguém neste mundo que pouco vive

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Dica: Se precisa tirar uma palavra, mais deixar a presença dela nos seus versos, tente relacioná-la com outras, sto é, por exemplo, o vocábulo “povoado”: morros, montanhas, rios, árvores, caminhos de pedra, isolado, pequeno…

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5. Das primeiras orações que já fez, escolha uma. Meça quantas sílabas compõem-na, e se são dez, parabéns! Se não é bem assim, tente de novo mudar ou ordenar as palavras, substituí-las, continuá-las no seguinte verso.

Exemplo:

Sou alguém neste mundo que fala pouco: 10.

Dica: Se você acha que seu verso é feio, soa mal, talvez seja porque está faltando ritmo, quer dizer, o tom musical. Por isso, olhe que as sílabas tónicas de cada palavra estiverem na 2da ou 3ra, 4ta ou 6ta, 8va, e sempre na 10ma.

Exemplo:

Eu sou no mundo alguém que pouco vive; 4, 6, 8: 10

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6. Coloque o número de sílabas ao lado do verso, assim mesmo a letra “A” ou “B” em cada quarteto, para designar a rima.

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Exemplo:

Eu sou no mundo alguém que pouco vive; 2, 4, 6, 8: 10; A

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7. Continue com a ideia, ligando-a por meio dos nexos, até completar a primeira estrofe. Tenha a certeza de que haja dez sílabas em cada verso.

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Exemplo:

Eu sou no mundo alguém que pouco vive 2, 4, 6, 8: 10; A

Alguém que sonha com morar poesia 2, 4, 8: 10 ; B

Alguém que ama de escrever no dia 2, 4, 8: 10 ; B

Os meus anseios, os que tenho e tive. 4, 6, 8: 10; A

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8. Comece a segunda estrofe. Verifique o número de sílabas e a rima de cada oração: prossiga as dicas anteriores.

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Exemplo:

Eu sou no rio a mágoa e o declive, 2, 4, 8: 10; A

Um peixe doido de asinhas leves, 2, 4, 8: 10; B

Uma gaivota com as penas verdes; 4, 8: 10; B

E a tristeza, nas águas, inclusive. 2, 4, 8: 10; A

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9. Cuando acabar de fazer os quartetos, começe os tercetos. Ponha nos versos as letras “D” y “C” ou “E”… Se as estrofes anteriores foram introdução e ainda desenvolvimento e pouco desenlace, os tercetos terão o final e a conclusão. Retome as regras prévias.

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Exemplo:

Quem me dera ficar eu sempre assim! 4, 6, 8: 10; C

Nem por dinheiro e nem por todo o ouro 4, 6, 8: 10; D

Eu troco a minha vida ou dou-lhe fim. 2, 4, 6, 8: 10; C

Quem me dera que eu possa aos demais 3, 6, 10; E

Falar tudo o que sinto e o que sonho! 3, 6, 8: 10; D

Mas digo pouco porque escrevo mais. 2, 4, 6, 8: 10; E

10. .

10. No final revise o soneto, troque palavras ou modifique-as para dar a seus versos melhor som e ordem. Verifique se o soneto concorda muito ou mais ou menos com sua ideia original no início. Escolha um título.

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Exemplo: Soneto terminado.

Quem sou eu?

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1. Eu sou no mundo alguém que pouco vive,

alguém que sonha com viver poesia,

alguém que gosta de escrever no dia

os meus desejos, os que tenho e tive.

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2. Eu sou no mar a mágoa e o declive,

e um peixe que não sai na maresia,

e um pássaro que chora de afonia…

E a tristeza, nas águas, inclusive.

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3. Quem me dera ficar eu sempre assim!

nem por dinheiro, nem por todo o ouro

eu troco a minha vida ou dou-lhe fim.

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4. Quem me dera que eu possa aos demais

dizer tudo o que sinto, sonho e mouro!

Mas falo pouco porque escrevo mais.

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