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Gerenciamento em enfermagem: administrar também é cuidar!

GABRIELA TEIXEIRA UGEDA7 DE SETEMBRO DE 2016  COMENTÁRIOS: 27 SEM CATEGORIA



 

  

TEMPO DE LEITURA: 6 MINUTOS

“A enfermagem está cada dia mais burocrática. Vocês passam o tempo todo no papel”

Ouvi isso esses dias e fiquei incomodada, mas me instigou uma série de reflexões.

Vamos lá, dedico cerca de 10 minutos fazendo a escala de funcionários. Esse papel guia todo o plantão da equipe de enfermagem, é o que organiza quais pacientes o técnico ou auxiliar de enfermagem será responsável, garantindo que todos os pacientes sejam assistidos, e para que um membro da equipe não fique sobrecarregado em detrimento de outro, para que as tarefas do dia sejam executadas.

Dedico cerca de uma hora do dia ou mais para fazer a SAE. E esse é o registro de cada etapa do processo de enfermagem, e é este processo que me permite ter uma visão integral do paciente, que me permite avaliar a sua evolução, que me embasa para planejar todos cuidados que serão prestados pela equipe de enfermagem e que permite que qualquer enfermeiro dê continuidade na assistência, no meu dia de folga. Mesmo que as orientações sejam dadas também verbalmente, é este registro que fornece respaldo legal ao enfermeiro, de que o cuidado foi prescrito, que a orientação foi dada. E ao auxiliar e técnico de enfermagem, é o que garante legalmente que o cuidado foi ou não realizado.

Preencho impressos de transferência do paciente entre unidades. Esse papel está associado à segurança do paciente, é o guia que me faz olhar para tudo que é fundamental avaliar. Qual é a condição clínica do paciente, se ele tem condições de ser transferido. Como deve ser o transporte. Cadeira? Maca? Com oxigênio? Com monitor? Executado pelo técnico? Pelo enfermeiro? Acompanhado pelo médico?

É, a gente toma essa decisão em segundos, mas são muitos os aspectos envolvidos. A começar pela identificação do paciente. É a segurança de encaminhar o paciente certo para o lugar certo. O mesmo vale para o encaminhamento dos pacientes ao centro cirúrgico

Faço o check-list de transferência para o centro cirúrgico. Esse é o papel que não me deixa esquecer de conferir todo o preparo que o pré operatório exige. São minutinhos rápidos, que garantem inúmeros aspectos da segurança do paciente.

Dupla checagem! Estava quase me esquecendo desse, preencho impresso de dupla checagem na administração de hemocomponentes ou de tipagem sanguínea. Esse é impresso que prova que os sinais vitais foram verificados antes da administração do hemocomponente, que duas pessoas se certificaram dos 9 certos (paciente certo, hora certa, dose certa, forma certa, e etc).

Cada instituição tem seus fluxos, protocolos, estratégias e impressos. Trouxe nesse artigo alguns dos que trabalho ou já trabalhei, aqueles que pelo que converso com alguns colegas, são comuns a outras instituições.