Gente preciso de um texto sobre as consequências da usina termelétrica
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Após um avanço significativo das novas fontes renováveis eólica e solar no Brasil na última década, chegando à participação de 15% na matriz elétrica nos últimos anos, acontecimentos recentes indicam uma reação de termelétricas a combustíveis fósseis a esse avanço, em particular, termelétricas a gás natural. o aumento da operação de termelétricas, além do maior impacto ambiental, resultará em contas de luz mais caras à população.
Atualmente, as térmicas a gás são usadas de forma emergencial complementando a geração de eletricidade apenas em parte do ano, por conta de seus elevados custos de combustível. No entanto, o Governo Federal vem discutindo o aumento do acionamento de termelétricas sob a justificativa de evitar o esvaziamento dos reservatórios das hidrelétricas e controlar os riscos de um potencial racionamento de energia.
Ao mesmo tempo, a Câmara dos Deputados aprovou a MP 1.031/2020, no final de junho, que trata da privatização da Petrobrás. No texto final, foi incluída a inserção de 8 GW de termelétricas a gás operando novamente em tempo integral, liberando-as do processo competitivo com fontes renováveis mais econômicas e sustentáveis dentro dos leilões.
E o mais recente capítulo desse movimento foram justamente os leilões de energia elétrica existente (LEE) A-4 e A-5, realizados na última sexta-feira, 25 de junho. Estes leilões são os primeiros que permitem o funcionamento das termelétricas a gás contratadas em tempo integral, ao contrário dos 50% de flexibilidade acordados em contratações anteriores. Independente do resultado desses dois leilões, o maior ponto de preocupação são o contingente e o perfil das térmicas licenciadas, que ainda poderão ser contratadas em oportunidades próximas.
Com o intuito de alertar sobre as possíveis implicações dos leilões com relação a impactos ambientais à poluição do ar, demanda de água e emissões de gases de efeito estufa (GEE), o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) lançou, em 23 de junho, o primeiro Boletim Leilão de Energia Elétrica sobre os leilões de venda e compra de energia que ocorrem periodicamente no Brasil.
A primeira edição se dedicou às usinas habilitadas para os LEE A-4 e A-5. No total, 84 diferentes unidades geradoras foram cadastradas nesses leilões, totalizando 43,2 GW de potência disponível para contratação. As Regiões Sudeste e Nordeste tiveram o maior número de usinas concorrentes, 24 e 18 empreendimentos a gás natural. Sozinho, o Sudeste é responsável por 45% da potência licenciada das usinas concorrentes, enquanto o Nordeste representa 35%.
Em relação à demanda por água, 36 termelétricas cadastradas nos leilões propõem a utilização de água em seus sistemas de resfriamento. De 70% a 80% da água captada pelas termelétricas não volta para a bacia hidrográfica em questão; evapora após o resfriamento do sistema. Por exemplo, uma usina termelétrica a gás natural pode demandar aproximadamente 1.000 litros de água por MWh. Se operar durante todo o ano, seu consumo por dia corresponderá ao abastecimento público diário de uma cidade de aproximadamente 156 mil habitantes, consumindo 24 milhões de litros de água. No caso das usinas a carvão mineral, a demanda é quase três vezes maior, correspondendo ao abastecimento público de 450 mil habitantes.
Atualmente, as térmicas a gás são usadas de forma emergencial complementando a geração de eletricidade apenas em parte do ano, por conta de seus elevados custos de combustível. No entanto, o Governo Federal vem discutindo o aumento do acionamento de termelétricas sob a justificativa de evitar o esvaziamento dos reservatórios das hidrelétricas e controlar os riscos de um potencial racionamento de energia.
Ao mesmo tempo, a Câmara dos Deputados aprovou a MP 1.031/2020, no final de junho, que trata da privatização da Petrobrás. No texto final, foi incluída a inserção de 8 GW de termelétricas a gás operando novamente em tempo integral, liberando-as do processo competitivo com fontes renováveis mais econômicas e sustentáveis dentro dos leilões.
E o mais recente capítulo desse movimento foram justamente os leilões de energia elétrica existente (LEE) A-4 e A-5, realizados na última sexta-feira, 25 de junho. Estes leilões são os primeiros que permitem o funcionamento das termelétricas a gás contratadas em tempo integral, ao contrário dos 50% de flexibilidade acordados em contratações anteriores. Independente do resultado desses dois leilões, o maior ponto de preocupação são o contingente e o perfil das térmicas licenciadas, que ainda poderão ser contratadas em oportunidades próximas.
Com o intuito de alertar sobre as possíveis implicações dos leilões com relação a impactos ambientais à poluição do ar, demanda de água e emissões de gases de efeito estufa (GEE), o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) lançou, em 23 de junho, o primeiro Boletim Leilão de Energia Elétrica sobre os leilões de venda e compra de energia que ocorrem periodicamente no Brasil.
A primeira edição se dedicou às usinas habilitadas para os LEE A-4 e A-5. No total, 84 diferentes unidades geradoras foram cadastradas nesses leilões, totalizando 43,2 GW de potência disponível para contratação. As Regiões Sudeste e Nordeste tiveram o maior número de usinas concorrentes, 24 e 18 empreendimentos a gás natural. Sozinho, o Sudeste é responsável por 45% da potência licenciada das usinas concorrentes, enquanto o Nordeste representa 35%.
Em relação à demanda por água, 36 termelétricas cadastradas nos leilões propõem a utilização de água em seus sistemas de resfriamento. De 70% a 80% da água captada pelas termelétricas não volta para a bacia hidrográfica em questão; evapora após o resfriamento do sistema. Por exemplo, uma usina termelétrica a gás natural pode demandar aproximadamente 1.000 litros de água por MWh. Se operar durante todo o ano, seu consumo por dia corresponderá ao abastecimento público diário de uma cidade de aproximadamente 156 mil habitantes, consumindo 24 milhões de litros de água. No caso das usinas a carvão mineral, a demanda é quase três vezes maior, correspondendo ao abastecimento público de 450 mil habitantes.
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