Gente, alguem pode me ajudar a fazer uma crônica? eu sou de exatas e tô com medo de reprovar por causa desse trabalho, EU NAO SEI FAZER CRÔNICA. pode ser qualquer tema
Soluções para a tarefa
Era uma noite chuvosa em Tanabi. Alexandra vestiu o seu casaco de lã vermelho e pegou o seu guarda-chuva. Desceu as escadas do prédio onde morava, o único prédio da cidade e começou a caminhar lentamente pela rua, sem direção, tentando encontrar algo no barulho da chuva que caía sobre a calçada molhada, ou nos faróis amarelos e cegantes dos carros que passavam sobre ela. Sem direção, era o que a definia naquele momento, ou na maioria das vezes também.
Ela dera algumas voltas em volta do bairro, era um lugar movimentado por se tratar do começo da cidade, mas não se via muitas pessoas na rua. Claro, o que elas estariam fazendo lá, quando poderiam estar com os seus amores fazendo alguma coisa interessante, ela não tinha um amor, nem algo de interessante para fazer, era por isso que estava lá.
Quando ia para sua sexta volta parou em frente à calçada de um restaurante famoso na cidade chamado Estrela, ficou olhando, havia poucas pessoas nas mesas, mas ainda assim havia pessoas, talvez isso seja o mais importante. Já era um pouco tarde e ela ainda não havia comido, era normal para ela não comer, isso explicara grande parte da sua magreza aparente. Ela decidira entrar, sentou-se em uma mesa perto da porta de entrada e prestou atenção nos clientes que ali estavam.
Em uma mesa distante havia um casal que parecia estar tomando algum tipo de sopa, fazia sentido naquela noite. Em outra havia um grupo de amigos conversando e regozijando-se, eram jovens, ela também. Estava tão concentrada em observar aquele ambiente hóspito e inalterável que nem vira o garçom se aproximar, tomou-lhe um susto, mas logo se recompôs. O garçom em sua rotina costumeira perguntou-lhe o que desejara comer ou beber. Mas ela não havia trazido dinheiro, e os pratos eram muito caros.
— Ora, mas se não vai comer ou beber, o que está fazendo ai, parada -perguntou o garçom, surpreso.
— Eu não sei, apenas estou observando as pessoas.
— Elas são tão fascinantes assim para você?
—De certa forma, sim.
— Você me parece estranha.
—Talvez eu seja, ou talvez seja você o estranho.
—Bem, de qualquer forma, estamos quase fechando,e já que você não vai pedir nada, eu preciso limpar essa mesa.
— Mas ela não está suja. –retrucou-o
— Mesmo não estando suja, eu preciso limpá-la.
—Viu, isso só mostra o quão estranho você é.
Ele riu, ela não, rir não era seu costume predileto. Ela olhava fixamente para um quadro na parede e para os clientes, sem desviar o olhar para o rapaz ao seu lado com quem conversava.
—Eu apenas não quero perder o meu emprego. – disse em tom de sarcasmo, depois de um tempo.
Ela permanceu indiferente. Quando por fim virou-se para os olhos do rapaz, e os encarou. Eram avermelhados e castanhos, um tanto quanto distintos . Ela deu um breve sorriso
—Seus olhos são bonitos. –disse enfim
Ele também sorriu brevemente
—Obrigado.
Ele era alto, e como todo bom garçom vestia um terno preto e branco com uma gravata borboleta no pescoço, parecia jovem, um pouco mais novo que ela, talvez. O seu cabelo era marrom escuro, e estava um pouco bagunçado. Na sua mente vieram vários porquês, o porquê dele estar trabalhando naquele lugar, ou até o porquê dela estar falando com ele naquele momento. Por quê?
O silêncio aprazente foi interrompido com uma voz alta vindo da cozinha gritando um nome, Henrique, era o nome. Rapidamente o garçom atendeu ao chamado
—Como você pode ver, ou melhor, ouvir, tenho que ir, foi bom conversar com você garota misteriosa.
—Bom, pelo menos eu sei o seu nome
Ele deu uma risadinha
—E ai, você faz isso sempre?
—Tecnicamente essa é a primeira vez que eu entro em um restaurante apenas para observar as pessoas e acabo conversando com um garçom.
—Vou considerar isso como um sim. Te vejo por aí?
—Talvez
A voz gritou mais uma vez, ele tinha que ir, e ele foi. Um talvez pode não ser a melhor despedida, mas significou algo, uma possibilidade de sim, talvez eu veja você por aí e a gente talvez possa continuar nossa conversa esquisita, fofa e sem sentido um dia desses. Ele podia ser uma pessoa legal,ou talvez ele fosse apenas um estranho com quem conversara por algum tempo, a vida é cheia de incertezas, e talvez esse rapaz tivesse sido uma delas.
Ela permaneceu no restaurante por mais uns minutos, depois pegou o seu guarda-chuva que havia guardado embaixo da cadeira e foi embora. Atravessou a avenida iluminada por luzes vindas das plantas que separavam as duas ruas e caminhou até ao prédio onde morava.A chuva havia parado um pouco, mas ainda chuviscava, ela deixou os cabelos soltos, que dançavam ao vento frio daquela noite. Daquela impiedosa noite.
Com certeza deu mais de 15 linhas kkk mas pelo menos tá ai. Eu já tinha feito essa história a um tempo ai eu só copiei. Ah, perdão ficou na 3 pessoa.