“Fui liberal; então a liberdade era nova no país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis, não nas idéias práticas; o poder era tudo: fui liberal. Hoje, porém, é diverso o aspecto da sociedade: os princípios democráticos tudo ganharam e muito comprometeram; a sociedade que então corria risco pelo poder, corre agora risco pela desordem e pela anarquia. Como então quis, quero hoje servi-la, quero salvá-la, e por isso sou regressista. Não sou trânsfuga, não abandono a causa que defendi, no dia do seu perigo, de sua fraqueza: deixo-a no dia em que tão seguro é o seu triunfo que até o excesso a compromete. [...] Os perigos da sociedade variam, o vento das tempestades nem sempre é o mesmo: como há de o político, cego e imutável, servir o seu país?” Apud José Murilo de Carvalho. “Introdução”. In: Carvalho, J. M. (org). Bernardo Pereira de Vasconcelos. O período compreendido entre 1831 e 1850, que engloba a Regência e os dez primeiros anos do governo pessoal do segundo imperador brasileiro, foi marcado por mudanças e permanências no país, firmando as bases do apogeu do Império. Pode-se afirmar sobre este processo que: I o Ato Adicional, que alterou a Constituição de 1824, foi um acordo entre as principais forças políticas do país, com vantagem para os liberais moderados, expresso na criação das Assembléias Legislativas Provinciais, o que permitia certo grau de descentralização, e na supressão do Conselho de Estado, mantendo-se o poder Moderador e o Senado vitalício; II a consolidação do Império, ocorrida no período, representou a vitória dos chamados liberais exaltados, reunidos na Sociedade Federal, uma vez que ocuparam rapidamente o governo e impuseram a monarquia centralizada, contrariando os interesses de moderados e restauradores; III a consolidação política do Império significou a vitória dos grupos proprietários de diversas regiões, mas se baseou principalmente na riqueza gerada pela expansão cafeeira, que permitiu superar a crise econômica; IV a vitória política dos liberais se expressa na promulgação da LeiEusébio de Queirós, de 4 de setembro de 1850, a segunda a determinar a extinção do tráfico negreiro para o Brasil, pois o combate à continuidade da exploração do trabalho escravo foi o elemento que marcava a distinção entre liberais e conservadores. Assinale a opção correta. (A) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. (B) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas. (C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. (D) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. (E) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
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Resposta I e III estão corretas.
O Ato Adicional de 1824 garantia que as províncias tinha o direito de ter uma assembleia legislativa e orçamento próprio - conferindo assim maior autonomia politica e econômica para as províncias.
O Ato Adicional extinguia o conselho de estado, órgão criado por D. Pedro I. Extinguia a regência trina ( era um governo de três homens) e o novo regente seria escolhido por eleição. e transformava o Rio de Janeiro em município neutro e capital do império.
Após o período regencial, a consolidação do império garantiu maior estabilidade para os aristocratas, principalmente aos cafeicultores de São Paulo.
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