Formação de Professores no
Brasil: dilemas e perspectivas.
Na
história da formação de professores se configuraram dois modelos contrapostos
que emergiram no decorrer do século XIX quando, para se resolver o problema da
instrução popular, foi instalado, em cada país, os sistemas nacionais de
ensino, colocando a exigência de se dar uma resposta institucional para a
questão da formação docente. Na busca dessa resposta, os dois aspectos
constitutivos do ato docente, o conteúdo
e a forma, deram origem a duas maneiras distintas de encaminhar o
problema da formação de professores. De
um lado está o modelo para o qual a formação
de professores se esgota na cultura geral e no domínio específico dos conteúdos
da área de conhecimento correspondente à disciplina que o professor irá
lecionar. Considera-se que a formação pedagógico-didática virá em decorrência
do domínio dos conteúdos do conhecimento logicamente organizado, sendo
adquirida na própria prática docente ou mediante mecanismos do tipo
“treinamento em serviço”. Em qualquer hipótese, não cabe à universidade essa
ordem de preocupações. Eis aí o que estou chamando de “modelo dos conteúdos
culturais-cognitivos de formação de professores”. Do outro lado se contrapõe o modelo segundo o qual a formação de professores só se completa
com o efetivo preparo pedagógico-didático. Em consequência, além da cultura
geral e da formação específica na área de conhecimento correspondente, a
instituição formadora deverá assegurar, de forma deliberada e sistemática, por
meio da organização curricular, a preparação pedagógico-didática sem o que não
estará, em sentido próprio, formando professores. Eis o que eu denomino de
“modelo pedagógico-didático de formação de professores”. Na história da formação
docente, verificamos que o primeiro modelo predominou nas universidades e
demais instituições de Ensino Superior que se encarregaram da formação dos
professores secundários, ao passo que o segundo tendeu a prevalecer nas escolas
normais, ou seja, na formação dos professores primários.
É
preciso, pois, ficar claro que não é possível equacionar devidamente o problema
da formação dos professores sem enfrentar simultaneamente a questão das
condições de exercício do trabalho docente. Isso porque, de fato, esses dois
aspectos se articulam e se relacionam na forma de ação recíproca. Com efeito,
por um lado o entendimento de que o trabalho docente é condicionado pela
formação resulta uma evidência lógica, assumindo o caráter consensual do
enunciado de que uma boa formação se constitui em premissa necessária para o
desenvolvimento de um trabalho docente qualitativamente satisfatório.
Inversamente, é também consensual que uma formação precária tende a repercutir
negativamente na qualidade do trabalho docente. Por outro lado, embora esse
aspecto não seja muito enfatizado, constitui também uma evidência lógica que as
condições do exercício do magistério reciprocamente determinam a qualidade da
formação docente.
ATIVIDADE:
O autor Saviani apresentou dois modelos de formação de professores no Brasil.
Quais são esses dois modelos?
**AJUDEM PFV**
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Resposta:
Dois modelos básicos de formação de professores (modelo cultural-cognitivo e modelo pedagógico-didático).
Bons estudos (,,•w•,,)
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