História, perguntado por mandinha0655, 8 meses atrás

Forma de produção após a desenvolvimento das máquinas

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Respondido por escoladyana
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Resposta:

Esta seção tem como objetivo examinar a evolução da indústria de máquinas e equipamentos em perspectiva histórica em países desenvolvidos (Inglaterra, Europa Continental e Estados Unidos) e levantar algumas hipóteses que serão confrontadas pelo exame específico da evolução da Dedini e Romi entre 1920 e 1960. As questões específicas a serem examinadas serão as mudanças na indústria de máquinas e equipamentos ao longo do processo de industrialização. Uma das hipóteses do trabalho é que houve evolução de pequenas oficinas para empresas maiores, como fábricas, nas firmas da indústria de máquinas examinadas entre 1920 e 1960.

Estudos recentes têm sustentado que a grande conquis ta da Revolução Industrial britânica foi a criação da primeira indústria mecânica de grande porte que poderia produzir máquinas em massa, aumentando sua produtividade. A produção de máquinas, segundo Robert Allen, foi a base de três desenvolvimentos que explicam o contínuo crescimento econômico mundial até a Primeira Guerra Mundial. Os três desenvolvimentos foram: a mecanização geral da indústria, as ferrovias e a indústria naval movida à energia a vapor. A mecanização da indústria aumentou a produtividade da Grã-Bretanha, e as ferrovias, os navios e a energia a vapor criaram uma economia global, que, com o aumento da divisão do trabalho, foi responsável pela elevação do padrão de vida em toda a Europa. Até meados do século XIX, a Grã-Bretanha teve estrutura industrial desequilibrada, em que o algodão era produzido em fábricas altamente mecanizadas, enquanto o restante da indústria manufatureira produzia de forma tradicional. A partir de meados do século XIX, as máquinas propagaram-se para outras partes da indústria britânica, e essa foi uma das causas do contínuo crescimento da renda. Até esse período, a indústria do algodão foi o mercado mais importante do setor de máquinas na Inglaterra (Allen, 2006, p. 29-30).

Alguns autores têm sustentado que a passagem das ferramentas rudimentares para as máquinas durante a Revolução Industrial foi muito mais lenta do que se costuma descrever. Os principais usuários iniciais de ferramentas (geralmente talhadeiras e limas) foram carpinteiros e construtores de moinhos, que utilizavam práticas rudimentares "a olho e pelo tato". Com a passagem para a utilização das máquinas, maquinistas e engenheiros tornaram-se os principais usuários de instrumentos mecanizados de precisão e trabalhavam de acordo com especificações e projetos. A mudança não foi rápida porque, apesar de os artesãos do século XVIII estarem familiarizados com grande variedade de máquinas (tornos, furadeiras, brocas e máquinas de cortar), essas eram pouco precisas e muito lentas, porém adequadas para a indústria da época. O progresso técnico na indústria de máquinas inicialmente foi implementado por artesãos criativos, que modificaram instrumentos antigos e projetaram novos, ou seja, a mudança foi gradual e cumulativa (Landes, 2005, p. 100).

O ritmo do progresso técnico não pode ser medido com precisão na indústria de máquinas do período inicial da Revolução Industrial em razão do anonimato dos aperfeiçoamentos e pela variação entre instrumentos do mesmo nome, tornando incerto o momento de introdução da inovação. Apesar de não ser possível analisar o progresso técnico com precisão, é possível relatar tendências. Entre duas gerações, as técnicas metalúrgicas progrediram com as ferramentas, tornando-as mais pesadas, automáticas, precisas, versáteis e fáceis de operar. Na metade do século XIX, alguns fabricantes e construtores de máquinas operavam com modelos padronizados, sendo possível a venda a partir de descrições em catálogos. Esse progresso aconteceu "graças, em grande parte, a muitas pessoas talentosas que aprendiam umas com as outras e que formaram uma espécie de família de fabricantes de instrumentos" (Landes, 2005, p. 101).

Não obstante o progressivo aperfeiçoamento das máquinas, no período inicial da Revolução Industrial, elas não possuíam grande precisão e não revolucionaram o modo de produção e o ritmo do trabalho. O artesão trabalhava ainda com padrões tradicionais, com especificações pouco uniformes e com controle sobre seu desempenho. No entanto, já havia iniciado a transição para um novo tipo de construção mecânica que iria possibilitar a produção em massa a preços acessíveis de bens de consumo modernos no século XX, tais como a bicicleta, o automóvel, geladeiras e televisores. As peças intercambiáveis, ou seja, partes muito precisas que se

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