Fazer uma pesquisa sobre a REVOLTA DA VACINA, importante evento dentro da República que havia acabado de ser proclamada. Após a pesquisa redigir um relatório comparando o episódio ocorrido em 1904 com a nossa situação atual, onde vivemos uma pandemia em q a população não colabora com as medidas governamentais. Colocar também ilustrações da época que mostrem a resistência contra a vacina e um exemplo de descaso com as medidas de isolamento. Mínimo 15 linhas e 2 ilustrações.
Objetivo:Primeira República e suas características. Contestações e
dinêmica da vida cultural no Brasil entre 1900 a 19030.
(Mostrar o nascimento da República no Brasil e os processo
históricos até a metade do século XX)
Soluções para a tarefa
Resposta:
O processo de institucionalização da República no Brasil, a partir do ano de 1889, foi marcado por uma série de momentos conturbados. Um dos exemplos mais notáveis foi o da Guerra de Canudos, que aconteceu no sertão baiano sob o governo de Prudente de Moares. Mas as revoltas de viés urbano, sobretudo aquelas que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país, evidenciaram o quanto o regime republicano ainda era frágil, permeado por controvérsias e confrontos tanto no plano das ideias quanto no plano político e social. O episódio da Revolta da Vacina, em 1904, foi um sintoma desses problemas.
A Revolta da Vacina está inserida nas Revoltas Populares da República Oligárquica (1894-1930), das quais também fazem parte a Revolta da Chibata e a Revolta de Juazeiro, e consistiu em um levante popular contra a campanha de vacinação pública, tendo durado de 10 a 16 de novembro de 1904. A campanha de vacinação foi pensada e articulada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz e tinha como alvo a varíola. Ao contrário de outras doenças que acometiam a população do Rio de Janeiro e de outras cidades brasileiras, como a febre amarela, a varíola não pôde ser erradicada por métodos higienistas, como a limpeza e a reforma urbana, o cuidado com a ingestão de alimentos e o extermínio de agentes transmissores, como os mosquitos.
A solução proposta por Cruz e pelos políticos que o apoiavam, como o prefeito do Rio, Pereira Passos, o presidente da república, Rodrigues Alves, e o senador da república, Manuel Duarte, era a vacinação obrigatória. No ano anterior, 1903, Pereira Passos já havia aplicado à capital federal uma reforma urbana de proporções grandiosas, em grande parte guiada por preceitos sanitaristas e higienistas, que gerou enorme tensão social, haja vista que muitos casebres instalados no centro da cidade tiveram que ser destruídos e seus moradores tiveram que evacuar para os morros adjacentes da cidade.
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Em 1904, Manuel Duarte apresentou um projeto de lei para tornar obrigatória a vacina contra a varíola (medida que já vigorava em outros países, como a Alemanha). Alguns dos principais jornais da época, como o Gazeta de Notícias e o Jornal do Comércio, estavam a favor da medida, enquanto o Correio da Manhã, que se opunha ao governo de Rodrigues Alves, mostrava-se ferrenhamente crítico à proposta.
A discussão sobre a vacinação repercutiu em vários campos da sociedade. Até mesmo intelectuais ligados às Igrejas Positivistas, como Raimundo Teixeira Mendes, envolveram-se nessas discussões. Teixeira Mendes publicou, em 1908, cinco ferrenhos artigos no Jornal do Comércio intitulados: “A política republicana e a tirania vacinista”, “Ainda a vacinação obrigatória”, “Em defesa da sociedade, e especialmente em defesa do culto aos mortos, contra o despotismo sanitário”. Todos se apoiavam nas pesquisas do bacteriologista francês Antoine Béchamp, professor de química e farmácia.
As teorias de Béchamp versavam sobre microbiologia e agentes causadores de doenças, entretanto, a ciência da época não endossou as pesquisas desse cientista, preferindo as de Pasteur, o famoso higienista do qual Oswaldo Cruz era, em dada medida, discípulo.
Explicação: Espero ter ajudado