Saúde, perguntado por hecike, 11 meses atrás

[Farmácia] Qual a diferença entre Excipiente e veículo? se possível dê exemplos por favor.

Soluções para a tarefa

Respondido por samelagabrielle
3

No balcão da farmácia, você pede o medicamento de referência, receitado pelo médico, mas o farmacêutico oferece um genérico ou similar. Relutante, você não sabe qual escolher - e até fica com certo preconceito ante um deles. Pois saiba que nenhuma das opções afetará seu tratamento. As três classes de remédios têm os mesmos efeitos no organismos e podem ser adquiridas com uma única receita. O único afetado será seu bolso - o preço, sim, tem variação.

A guerra entre os três tipos de drogas ocorre há anos - até agora, os medicamentos de referência desfrutam da maior credibilidade. No entanto, para efeitos práticos, as três classes de droga têm os mesmos princípios ativos e podem ser usadas por qualquer pessoa, sem prejuízo ao tratamento, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF).

Medicamento de referência. A medicação original costuma ter mais credibilidade porque é a original e inovadora, que vem ao mercado após milhões de dólares em pesquisa e uma bateria de estudos comprovando efeitos e segurança junto às agências reguladoras de saúde. E é por causa dos recursos investidos que o preço, normalmente, é mais alto: as indústrias farmacêuticas querem reaver o valor gasto ao longo dos anos.

Para recompensar os esforços em trazer um medicamento novo ao mercado, a Anvisa concede à empresa o direito de explorá-lo comercialmente com exclusividade por 20 anos, contados a partir do registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Durante esse tempo, só ela lucra com o produto - mas também não pode fazer o que bem entender, porque a Comissão Interministerial de Preços, um órgão que reúne membros de vários ministérios, regula o valor do medicamento para que ele não seja abusivo com os brasileiros.

Em casos específicos, a patente pode ser quebrada. “Em nome da saúde pública, se um medicamento trouxer grandes benefícios à terapia, a patente pode ser quebrada. Isso já ocorreu duas vezes no tratamento contra o vírus HIV”, explica Cabral Pavei, especialista em tecnologia farmacêutica e controle de qualidade e vice-coordenador do curso de farmácia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

Genéricos. Via de regra, após os 20 anos, a patente é quebrada e todas as informações sobre o remédio, que eram guardadas a sete-chaves pela empresa, tornam-se públicas. Com isso, outras indústrias podem fabricá-lo e, após submeter o medicamento “cópia” à aprovação da Anvisa, estão aptas a vendê-lo. Essa cópia do original tem nome: é o genérico.

“Ele surgiu há algumas décadas em outros países com o objetivo principal de tornar mais acessíveis os medicamentos, após o fim do direito da patente. Não é algo de país pobre, como muita gente diz”, explica Rogério Hoefler, farmacêutico pesquisador do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos, do Conselho Federal de Farmácia.

Perguntas interessantes