História, perguntado por Iago579, 1 ano atrás

Fale um texto muito mas muito grande sobre os Jogos Indígenas da Paraíba

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Respondido por diogo98972346
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Os índios Tabajaras, do litoral sul paraibano, participam, pela primeira vez, juntos com os Potiguaras, do litoral norte, dos Jogos Indígenas da Paraíba. O campeonato ocorre até este domingo (15), na aldeia Tracoeira, localizada no município da Baía da Traição. Cerca de 350 indígenas participam da competição.</p><p>De acordo com o secretário Executivo de Esporte e Lazer, José Marco, os jogos acontecem desde 2012, mas esta é a primeira vez que há a integração entre os Tabajaras e os Potiguaras. &#8220;É uma grande festa do esporte, que sempre ocorre no mês alusivo ao Dia do Índio, que é o mês de abril e todos os anos é numa aldeia de um município diferente, fazendo com que haja um revezamento das sedes&#8221;, diz.</p><p>Os Jogos Indígenas da Paraíba contam com as seguintes modalidades: canoagem, cabo de guerra, futebol, futsal, minimaratona, corrida do toro, arco e flecha e arremesso de lança. “O interessante é que reúne modalidades oriundas dos povos indígenas, com outras convencionais esportivas”, frisou José Hugo, coordenador do evento.</p><p>Para Priscilla Gomes, secretária Executiva de Juventude, a participação dos índios Tabajaras no evento dá um brilho a mais. “Participamos de uma articulação junto à prefeitura do Conde para que os Tabajaras pudessem estar inseridos nesse grande evento. É mais um diferencial desta edição de 2018”, destacou.MODALIDADES:                   SEXO:                    CAMPEÃO:                 VICE-CAMPEÃO:    
Futebol                         -          Masculino         -       R$ 400,00         -         R$ 200,00
Futebol                         -          Feminino           -       R$ 300,00         -         R$ 150,00
Futsal                           -          Masculino         -       R$ 300,00         -         R$ 150,00
Futsal                           -          Feminino           -       R$ 200,00         -         R$ 100,00
Arco e flecha               -          Masculino          -       R$ 100,00         -         R$ 50,00
Corrida de toro            -          Masculino          -       R$ 100,00         -         R$ 50,00
Cabo de guerra           -          Masculino           -       R$ 100,00          -        R$ 50,00
Cabo de guerra           -          Feminino            -       R$ 100,00          -        R$ 50,00
Canoagem                   -         Masculino           -       R$ 100,00          -        R$ 50,00
Canoagem                   -         Feminino             -       R$ 100,00          -        R$ 50,00
Maratona                      -        Masculino            -       R$ 100,00          -        R$ 50,00
Maratona                     -         Feminino             -        R$ 100,00          -       R$ 50,00
Arremesso de lança    -         Masculino            -        R$ 100,00          -       R$ 50,00.

Futebol:Prova: Esporte já inserido no contexto cultural de vários grupos indígenas, sendo unanimidade nos jogos e praticado por atletas femininos e masculinos. As regras são regidas pela Instrução Geral dos Jogos e obedece ao padrão da Confederação Brasileira de Futebol, exceto o tempo de jogo, que é de 50 min, divididos em dois tempos de 25 min cada, com intervalo de 10 min.
Histórico: Conforme as tradições culturais desportivas dos povos indígenas no Brasil, há informações de que etnias que desapareceram, praticavam o jogo de bola com os pés. Podemos citar os indígenas habitantes do Alto Xingu-MT, que praticam um esporte,  chamado Katulaiwa, semelhante ao futebol, em que a bola é chutada usando somente os joelhos e a regra se assemelha ao do futebol - do mesmo modo, os Pareci, com o "futebol de cabeça", o Xikunahity. Daí, se considerar que há uma relação tradicional entre os povos indígenas e o esporte com bola. Talvez essa seja a explicação para a semelhança entre indígenas e não indígenas brasileiros: a paixão pelo futebol. Um dos grandes atletas futebolistas e bi-campeão mundial de futebol, chamado Manoel Garrincha, era descendente dos indígenas Fulni-ô, de Águas Belas-PE.
O primeiro encontro de indígenas de diferentes etnias para a prática desse esporte aconteceu no dia 19 de abril de 1979, Dia do Índio. Foi organizada uma seleção indígena de futebol para uma partida amistosa contra a equipe do Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB). As etnias que integraram a equipe foram: Karajás, Terenas, Bakairis, Xavantes e Tuxás. Dessa experiência nasceu uma equipe de futebol de campo e salão composta por estudantes indígenas, chamada Kurumim.
O futebol tem grande aceitação entre as etnias dos Jogos dos Povos Indígenas. Seguindo os princípios que norteiam a filosofia do evento, é importante ressaltar que nesta modalidade não se propõe consagrar o atleta artilheiro, o goleiro menos vazado ou a defesa mais eficiente. Os Jogos Indígenas destacam o aspecto lúdico da prática desportiva do futebol, tornando o falado fair play uma realidade. Todas as etnias levam representantes para a competição, e apesar da popularidade do esporte, as partidas realizadas nos Jogos Indígenas não atraem grande número de espectadores, que preferem assistir às modalidades esportivas tradicionais e as manifestações culturais


diogo98972346: A contagem de pontos reunirá a soma de acertos em cada área do alvo, com pontuação variadas e previamente definidas pela Comissão Técnica. Haverá uma primeira etapa eliminatória, que classificará para a segunda. Nessa fase, inicia-se uma nova contagem de pontos, que irá definir o primeiro, o segundo e o terceiro colocados. Somente 12 atletas, com as melhores pontuações, disputam a final. Outros detalhes serão definidos no Congresso Técnico da modalidade.
diogo98972346: Corrida de toro(ou corrida com tora):
Os povos indígenas que praticam essa atividade são os: Krahôs, Xerentes e Apinajés do Tocantins, que habitam a região central do Estado de Mato Grosso em 11 terras indígenas, e os Gavião Parakategê e Kyikatêjê do Pará, Terra Indígena Mãe Maria.
diogo98972346: Os Kanela e os Krikati são do Estado do Maranhão. Os Kayapó do Pará e do Mato Grosso realizavam semelhante esporte, que consistia em carregar e não correr com as toras. Os Fulni-ôs, de Pernambuco, teriam praticado esse esporte no passado, de acordo com estudo do antropólogo Curt Nimuendajú.
diogo98972346: Histórico e Ritual

Entre os Krahô, Xerente e Apinajé, a Corrida de Tora difere em diversos aspectos, obedecendo seus ritos tradicionais de significados social, religioso e esportivo.
diogo98972346: Para o povo Khraô, habitante de extensa faixa contínua de Cerrado no Estado de Tocantins, ela está associada a algum rito e, conforme esse rito, variam os grupos de corredores, assim como o percurso e a tamanho das toras. Essas atividades são realizadas sempre com duas toras praticamente iguais.
diogo98972346: Os participantes se dividem em dois grupos de corredores “rivais”, cabendo apenas a um atleta de cada grupo carregar a tora, revezando-se em um mesmo percurso. As corridas se realizam no sentido de fora para dentro da aldeia, nunca de dentro para fora, ou mesmo dentro dela, quando estabelecem os pontos de largada e chegada no pátio de uma casa chamada woto, uma espécie de oca preparada para todas as atividades culturais, sociais e política.
diogo98972346: A Corrida com Tora é sempre realizada ao amanhecer e ao entardecer. As corridas vindas de fora acontecem geralmente no final das tardes, quando os Krahôs retornam de alguma atividade coletiva (caça ou roça). Ela é praticada nos rituais, festas e brincadeiras.
diogo98972346: Nesses casos, as toras podem representar símbolos mágicos-religiosos, como durante o ritual do Porkahoks, que simboliza o fim do luto pela morte de algum membro da comunidade. Pela manhã, a corrida ganha um sentido de ginásticas para a preparação do corpo. Corre-se apenas com as toras já usadas ao redor das casas, no sentido contrário do relógio.
diogo98972346: A competição foi dirigida e observada por pelo menos cinco “juízes” neutros, não indígenas. Cada etnia deveria formar uma equipe com 10 atletas corredores e, mais três reservas. As toras usadas nesta prova foram selecionadas pela comissão organizadora, bem como os números de voltas a serem dadas na arena, largada e chegada.
diogo98972346: A largada sempre é entre duas etnias (equipes), escolhidas num sorteio prévio, e é utilizado o sistema de eliminatória simples em todas as fases, até chegar a um ganhador. Caso haja empate na segunda largada, haverá uma terceira. Os chefes de cada equipe são chamados para um outro sorteio (par/impar ou cara/coroa). Nesta prova não houve a participação feminina.
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