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A Federação Pernambucana de Atletismo (Fepa) foi fundada no dia 17 de dezembro de 1979. Antes dessa data, o esporte base estivera sob a supervisão da Federação Pernambucana de Desportos Amadores (FPDA). A entidade, dirigente do voleibol na época, também tutelava outras modalidades e, por esse motivo, não podia dar ao atletismo um tratamento mais direcionado.
A autossuficiência da modalidade só seria possível por meio da conquista da autonomia. A desvinculação do atletismo da FPDA se consolidou na reunião ocorrida naquela data, convocada pelo Sr. Sátiro Bezerra. Além dele, também compareceram os então atletas professor Warlindo Carneiro da Silva Filho, que presidia a Associação Atlética Colégio Boa Viagem (AACBV), professor Valdemar Vieira de Melo, professor Jurandyr Guilherme dos Santos, professora Lúcia Helena Cordeiro Simões, Dr. Fernando Lapa pela Associação Atlética Unicap (AAUnicap); e professor Celso Assunção, do então Santa Cruz Futebol Clube.
Essa reunião teve como objetivo a aprovação do estatuto da entidade, que se constituiria em consequência, cujo projeto fora elaborado por uma comissão formada pelos professores Warlindo Carneiro Filho, Sátiro Bezerra, Valdemar Vieira e Lúcia Helena Simões.
O antigo presidente da FPDA declarou que, nos termos de uma de suas disposições, eram considerados clubes fundadores o Santa Cruz Futebol Clube, Sport Club do Recife, AACBV, AAUnicap e o Clube Náutico Capibaribe. Naquela reunião de 17 de dezembro 1979, foi eleita e empossada a primeira diretoria da nova entidade, constituída pelos esportistas professor Sátiro Bezerra dos Santos Júnior (presidente) e professor Valdemar Vieira de Melo (vice-presidente).
Nos 36 anos de existência, a Federação Pernambucana de Atletismo revelou, sobretudo, a força do ideal que lhe proporcionou condições para resistir aos embates comuns às entidades dirigentes. Não fora a fé que alimentou a batalha de todos os dias e dificilmente teriam sido superados os tropeços que a cada passo se ofereceram para aqueles que em diferentes épocas responderam pelos destinos do atletismo do estado de Pernambuco.
Hoje, felizmente, melhores e mais amplas perspectivas se abrem para a atividade do esporte formal de rendimento, não-profissional, graças ao interesse revelado pelas autoridades públicas, bem como das empresas, instituições de crédito, bancos e outros, que identificam nesse esplêndido veículo de desenvolvimento de nossa cultura um dos mais valiosos recursos que permitirão sustentar o patriótico propósito de unidade e de indivisibilidade da Pátria.
Tais perspectivas ainda não se definiram em toda a sua extensão, porém, é inegável que é bem precisa a posição do esporte não-profissional como elemento de ordem e de disciplina no seu duplo aspecto físico e espiritual. Novos rumos já se delinearam e, na escalada que forçosamente assinalará a marcha ascensional de dirigentes de nosso atletismo, é certo que essa atividade exercerá função relevante no cumprimento dos grandes objetivos para o esporte em todas as suas formas e modalidades.
Cumprindo infatigavelmente ano após ano o programa de sua atividade, a FEDERAÇÃO PERNAMBUCANA DE ATLETISMO (Fepa) permitiu que, por meio de diferentes gerações de atletas, fosse sustentada a sua ascendência técnica de âmbito nacional, cabendo-lhe o grande mérito de poder dispor de um patrimônio que a distingue e que sobremaneira honra a todos aqueles que direta ou indiretamente tanto fizeram para consegui-lo.
Os torneios internacionais a que concorreu, as competições regionais de que participou, revelaram a pujança de uma organização que fundamenta sua superioridade no cumprimento de uma filosofia de trabalho própria daqueles que conscientemente se identificaram com os deveres exigidos pelo interesse e bem públicos.