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A Inconfidência Mineira foi um movimento de caráter separatista que ocorreu na província de Minas Gerais em 1789. O movimento foi descoberto antes do dia marcado para a eclosão por conta de uma delação. Causas A queda da produção de ouro que passou a ocorrer a partir de 1760, se agravava a cada ano, acentuando a pobreza da população. Mesmo com a diminuição da extração do ouro, o sistema e o valor de cobrança dos quintos devidos à coroa, mantinha-se o mesmo. Quando o ouro entregue não perfazia 100 arrobas (cerca de 1500 kg) anuais, era decretada a derrama. Esta consistia em cobrar da população, pela força das armas, a quantidade que faltava. Apesar de ter sido decretada somente uma vez, sempre pairava a ameaça que a derrama poderia se tornar realidade e isso assustava tanto os exploradores de ouro como a população. O custo de vida em toda a região ficava cada vez mais alto, pois tudo era comprado a prazo e com ouro. Desta maneira, os funcionários que detinham o monopólio do metal começaram a se endividar. Com isso, deixaram de fazer pagamentos aos comerciantes, agricultores e traficantes de escravos que também foram arrastados para a crise. Igualmente, o Alvará de 1785, agravou a situação. Esta lei determinava o fechamento de manufaturas locais, obrigando a população a consumir apenas produtos importados e de alto preço. Também as ideias do Iluminismo que apregoavam temas de liberdade para os povos e questionar a ordem política vigente circulavam apesar da censura. Estas ideias foram trazidas por estudantes brasileiros que tinham realizado cursos superiores na Europa. Não se pode esquecer, do conhecimento da Independência dos Estados Unidos, cujos colonos, revoltados contra o sistema fiscal de sua metrópole, tinham se libertado da Inglaterra. Isto animou a elite mineradora a conspirar contra a metrópole. Os Inconfidentes: líderes da Inconfidência Mineira Inconfidência Mineira Os líderes da Inconfidência juram sobre a bandeira do movimento Os inconfidentes eram, em sua maioria, grandes proprietários ou mineradores, padres e letrados, como Cláudio Manuel da Costa. Oriundo de família enriquecida na mineração, havia estudado em Coimbra e foi alto funcionário da administração colonial. Por sua parte, Alvarenga Peixoto era minerador e latifundiário. Tomás Antônio Gonzaga, escritor e poeta, depois de estudos jurídicos na Europa, tornou-se ouvidor (juiz) em Vila Rica. Francisco de Paula Freire, tenente coronel e comandante do Regimento dos Dragões, tropa militar de Minas Gerais, estava hierarquicamente logo abaixo do governador. Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes, era filho de um pequeno fazendeiro. Dotado de grandes habilidades, ganhou a vida como militar, dentista, tropeiro e comerciante. Foi o mais popular entre os conspiradores. Embora não tenha sido o idealizador do movimento, teve papel importante na propagação das ideias revolucionárias junto ao povo. Objetivos Os Inconfidentes tinham uma série de propostas para a capitania de Minas Gerais como: Romper com Portugal e adotar um regime republicano (a capital seria São João del Rei); Criar indústrias; Fundar uma universidade em Vila Rica; Acabar com o monopólio comercial português; Adotar o serviço militar obrigatório. A bandeira do novo país seria um pavilhão que conteria a frase latina Libertas quae sera tamen (Liberdade ainda que tardia). Mais tarde, um desenho semelhante e o lema seriam a base para a criação da bandeira do Estado de Minas Gerais. Bandeira da Inconfidência Mineira Bandeira da Inconfidência Mineira com as cores da Revolução Francesa e um índio rompendo grilhões A revolta deveria ter início no dia do derrama, que o governo programara para 1788 e acabou suspendendo quando soube da conjuração. Os planos dos inconfidentes foram frustrados porque três participantes da conspiração procuraram o governador, Visconde de Barbacena, para delatar o movimento. Foram eles: o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente coronel Basílio de Brito Malheiro do Lago e o mestre de campo (militar) Inácio Correia Pamplona. Tiradentes, que viajava para o Rio de Janeiro com o objetivo de adquirir armas, foi preso naquela cidade, no dia 10 de maio de 1789. Após três anos sendo processado, todos os participantes foram perdoados ou condenados ao degredo. Somente Tiradentes foi condenado à morte e executado no dia 21 de abril de 1792, no campo de São Domingos, no Rio de Janeiro. Após o cumprimento da sentença, o corpo foi esquartejado e ficou exposto à execração pública.