Português, perguntado por grazipft05, 6 meses atrás

faça uma redação sobre: A PANDEMIA DE FORMA ESCANCARADA A DESIGUALDADE SOCIAL.
( mínimo de 20 linhas) POR FAVOR É URGENTE

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Respondido por beatrizsarto08
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Resposta:

bons estudos!!!

Explicação:

As maiores vítimas da pandemia são, inegavelmente, os trabalhadores temporários e sub-remunerados, os que vivem de atividades informais, os desempregados e os sem teto por habitarem as áreas mais precárias das grandes cidades brasileiras. No Ceará, os dados mostram que na capital Fortaleza, a taxa de mortalidade apresenta variações decorrentes das desigualdades socioeconômicas e de moradia, sendo relativamente baixa nos casos do Meirelles (5%) e Fátima (11,9%) e bastante elevada na Barra do Ceará (28,57%) e Jangurussu (21, 42%).

Apesar de haver muitas pessoas infectadas nos bairros ricos, poucas morrem; as mortes são mais numerosas em bairros populares, conjuntos habitacionais e favelas, enfim, no que chamamos de “periferias”. Nestes locais as condições habitacionais e a infraestrutura são precárias, faltam equipamentos urbanos e serviços básicos. Não menos importante, os moradores destas áreas periféricas e desassistidas pelo poder público sofrem preconceitos, humilhações e, em decorrência, tem uma baixa autoestima. Essa dimensão subjetiva do cotidiano das famílias trabalhadoras agrava o quadro de pobreza, que não pode ser medido apenas por estatísticas, embora estas sejam valiosos instrumentos de análise, como mostra o Mapa a seguir.

Alguns diriam: mas isso é Nordeste! Na verdade, podemos observar o mesmo fenômeno da desigualdade na capital paulista: no Morumbi, bairro nobre da burguesia, foram registrados 297 casos positivos e 7 mortes, ao passo que em Brasilândia, bairro de operários e imigrantes, os infectados somavam 89 e os mortos 54 pessoas.[2] Na grande potência mundial, os EUA, está comprovada a alta incidência da COVID-19 entre afro-americanos, conforme artigo recente de Jamelle Bouie, publicado no New York Times.[3]

Este quadro desalentador é agravado pela crise da saúde pública, da falta de planejamento, de recursos humanos e financeiros, de pesquisa científica, entre outros fatores. De fato, o Sistema Único de Saúde (SUS), devastado por décadas de políticas neoliberais, vem sendo demolido em nome da eficiência do setor privado e da rentabilidade econômica da indústria farmacêutica, seus laboratórios e hospitais. Reconhecer a atual fragilidade do sistema de saúde pública ainda não é o bastante para compreender a desigualdade em tempos de coronavírus.

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