Filosofia, perguntado por rhyan1613ha, 11 meses atrás

faça uma dissertação sobre democracia e as ideias de Platão e Aristóteles​

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Respondido por priscila3584
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Resposta:

Em suas obras, tal como A república, Platão define a democracia como o estado no qual reina a liberdade e descreve uma sociedade utópica dirigida pelos filósofos, únicos conhecedores da autêntica realidade, que ocupariam o lugar dos reis, tiranos e oligarcas. Mas o filósofo ficou desiludido com a forma como a política era direcionada naquela época, sobretudo depois de algumas experiências frustradas no campo da política. “Outrora na minha juventude – escreve Platão quando tinha então 70 anos – experimentei o que tantos jovens experimentam. Tinha o projeto de, no dia em que pudesse dispor de mim próprio, imediatamente intervir na política”. Platão expressou este sentimento em uma de suas cartas endereçadas aos parentes e amigos de Dion de Siracusa, a Carta VII. Através da Carta VII sabe-se que Platão foi por três vezes a Siracusa, numa tentativa, todas malogradas, de implantar seu ideário filosófico-político. Desta forma, dentre as diversas contribuições que poderíamos extrair do conjunto da obra de Platão podemos destacar a idéia de que todo filósofo deve ter um papel ativo – prático – dentro da sociedade. E foi por isso que Platão tentou repetidas vezes implantar suas idéias em Siracusa até se desiludir completamente e se voltar quase que exclusivamente para a reflexão filosófica.

            Aristóteles, discípulo de Platão e mestre de Alexandre o Grande, deixou a obra política mais influente na antiguidade clássica e na Idade Média. Em A Política, o primeiro tratado conhecido sobre a natureza, funções e divisão do estado e as várias formas de governo defendeu, como Platão, equilíbrio e moderação na prática do poder, apesar de considerar impraticáveis muitos dos conceitos de seu mestre. Para Aristóteles, a pólis é o ambiente adequado ao desenvolvimento das aptidões humanas e, como o homem é, por natureza, um animal político, a associação é natural e não convencional. Na busca do bem, o homem forma a comunidade, que se organiza pela distribuição das tarefas especializadas. Aristóteles entendia que o homem nascia para viver em sociedade e por isso não poderia dela se isentar. Aristóteles procurou demonstrar que somente na cidade-estado o homem seria capaz de desenvolver todas as suas capacidades. A pólis seria aquela cidade que torna possível a felicidade obtida pela vida criativa da razão (bios theoretikos). À felicidade individual deve corresponder o bem comum e, portanto, uma cidade feliz (polis eudaimon).

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