História, perguntado por clarenicelopea2, 9 meses atrás

FAÇA UM TEXTO NARRATIVO SENDO UM DO VIAJANTES DO POVO HEBREU APÓS A ESCRAVIDÃO NO EGITO

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Respondido por kellystefanioficial
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Resposta:

O livro bíblico do Êxodo (12: 41, 51) relata que os filhos de Israel

permaneceram no Egito durante séculos como escravos. Após a saída do Egito,

passaram os primeiros quarenta e nove dias de liberdade no deserto2, seguindo em

direção ao Monte Sinai, local onde permaneceram aproximadamente por um ano3 e

receberam os 10 mandamentos divinos, através de Moisés. O passo seguinte seria

uma jornada de alguns dias4 em direção à Terra Prometida (naquele momento ainda

conhecida como Terra de Canaã), que deveria ser conquistada e dividida entre as

tribos formadoras do povo. Mas um fato inesperado mudou o curso dos acontecimentos: os espiões, enviados com o objetivo de reconhecer a região a ser

conquistada, trouxeram um relato desfavorável à conquista, provocando a revolta de

todo o povo. A punição por esta revolta, e pela recusa dos israelitas em confiar na

promessa divina da conquista da terra de Canaã, foi a permanência de quarenta anos

no deserto, até o florescimento de uma nova geração (Nm 14: 29-33).

Durante estes quarenta anos de jornadas pelo deserto, os Filhos de Israel

acamparam em quarenta e dois lugares diferentes (Nm 33: 1-48), seguindo uma rota

diferente daquela que seria a mais direta ou a mais próxima do destino final.

A rota do Êxodo possui duas dimensões: uma dimensão temporal e uma

dimensão espacial, que a tornam plena de significado.

A dimensão temporal indica que foram quarenta anos de jornadas pelo

deserto, decorrentes dos quarenta dias em que os espiões percorreram a terra de

Canaã, até o florescimento de uma nova geração (Nm 14: 34-5). O número quarenta

possui uma simbologia especial na Bíblia Hebraica, e um dos seus significados é o

período de uma geração (Nm 32: 13).

A dimensão espacial, por sua vez, é a descrição geográfica da rota, e se inicia

com a escolha da rota, narrada no livro do Êxodo:

E aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou

pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus

disse: Para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e

volte ao Egito. Mas Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto do

Mar Vermelho; e armados, os filhos de Israel subiram da terra do Egito A rota mais curta e lógica para se chegar do nordeste do Egito até Canaã seria

aquela ao norte do Sinai, seguindo a costa do Mediterrâneo e atravessando o

território dos filisteus, chamada na Bíblia de “O Caminho da Terra dos Filisteus” (Ex

13: 17), “O Caminho do Mar” (Is 9: 1), ou, em suas versões latinas, de “Via Maris”.

Aharoni (1979: 45-54) e Sarna (1996: 103-106) descrevem esta rota como a mais

comum, utilizada pelos faraós para incursões na Ásia. Tornou-se uma das vias

internacionais de comunicação mais importantes através da história, servindo como

artéria para o comércio internacional. Gardiner (1920: 99-116) estudou e comparou as

duas descrições detalhadas desta rota em documentos egípcios: um deles é um relevo

nas paredes do templo de Atum em Karnak, construído por Seti I no final do décimo

quarto século a. C.; o outro é o Papiro Anastasi I, do escriba egípcio Hori, durante o

reinado de Ramsés II (1279 a. C. a 1213 a. C.), onde a rota está registrada com o nome

“O Caminho de Horus”.

O livro do Êxodo (13: 17–18) deixa bem claro que esta rota não foi utilizada

pelos filhos de Israel após a saída do Egito: “E foi ao enviar o Faraó ao povo, não o

guiou o Eterno pelo caminho da terra dos filisteus que era próximo”.

De acordo com Sarna (1996: 103-106), este caminho, da fronteira do Egito até

Gaza, possui cerca de 240 quilômetros. Esta distância levaria apenas algumas

semanas, talvez um mês, para ser percorrida, mesmo por um grande grupo de pessoas, incluindo seus rebanhos. O exército de Thutmosis III (1504 a 1450 a. C.)

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