Português, perguntado por tainapereiraroo15, 5 meses atrás

faça um pequeno resumo do fragmento do texto o mulato de aluisio azevedo.

Soluções para a tarefa

Respondido por betynacadona
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Resposta:

O mulato apresenta uma história de um amor impossível entre um mulato chamado Raimundo (filho bastardo de um comerciante português com uma escrava negra) com a sua prima, a moça branca Ana Rosa. ... O livro denuncia a injustiça social e o preconceito vivido pelos negros e mestiços naquela região do Brasil.

Respondido por markinhomagm
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Resposta:

A produção narra a história de Raimundo, o mulato que dá nome ao livro. Ele é o filho bastado de José Pedro da Silva, fazendeiro do interior de São Luís do Maranhão, e de Domingas, uma de suas escravas.

José é português e havia enriquecido no contrabando dos negros da África. Casou-se com Quitéria Inocência de Freitas Santiago, uma viúva, brasileira rica, de muita religião e escrúpulos de sangue, e para quem um escravo não era nem gente. O fato de não ser branco constituía por si só um crime.

Contudo, José da Silva mantinha uma vida matrimonial dupla, já que não considerava a relação com Domingas apenas uma aventura. Por esse motivo, tentou criar o filho bastardo da forma mais conveniente e digna possível.

Quitéria, desconfiada da vida extraconjugal do marido, devido ao carinho que o homem tinha com o moleque filho da escrava, ordena que açoitem a mulher como forma de vingança.

Estendida por terra, com os pés no tronco, cabeça raspada e mãos amarradas para trás, permanecia Domingas, completamente nua e com as partes genitais queimadas a ferro em brasa. Ao lado, o filhinho de três anos gritava como um possesso, tentando abraçá-la, e, cada vez que aproximava-se da mãe, dois negros, a ordem de Quitéria, desviavam o relho das costas da escrava para dardejá-lo contra a criança. A megera, de pé, horrível, bêbada de cólera, ria-se, praguejava obscenidades, uivando nos espasmos flagrantes da cólera Domingas, quase morta, gemia, estorcendo-se no chão. O desarranjo de suas palavras e dos seus gestos denunciava já sintomas de loucura.

Desesperado e consciente da personalidade maldosa da esposa, José sai em busca de um refúgio para o pequeno Raimundo. Assim, leva a criança para a casa de seu irmão Manuel, com quem viveria até ter idade para ser matriculado em um colégio de Lisboa.

Ao retornar para a fazenda, José flagra Quitéria cometendo adultério com o padre Diogo. Tomado pela fúria, assassina a esposa e faz um pacto de silêncio com o padre para que ninguém soubesse da traição e acreditassem que  morte da mulher foi de causas naturais.

Solitário, José da Silva alforria Domingas e mais três pretos velhos. Deixa a fazenda e segue em direção à cidade de São Luís para viver com seu irmão. Enquanto isso, Raimundo é cuidado por Mariana, cunhada de seu pai, uma mulher carinhosa e terna.

A boa senhora, como sabia que o marido o pouco que tinha devia à generosidade do irmão, julgou-se logo obrigada a servir de mãe ao filho deste. Ana Rosa, único fruto do seu casamento, ainda não era nascida nesse tempo, de sorte que as premissas da sua maternidade pertenceram ao pupilo. Dentro em pouco, no agasalho carinhoso daquelas asas de mãe, Raimundo, de feio que era, tornou-se uma criança forte, sã e bonita.

O menino quase não lembrava mais de sua verdadeira mãe. Ao completar certa idade, é enviado pelo tio Manuel Pescada para ser educado em Lisboa, Portugal.

Tempos depois, José da Silva resolve retornar a antiga fazenda.  Nesse momento é assassinado em uma emboscada, a mando do padre Diogo, que temia a exposição do segredo que o envolvia.  

A herança deixada por José ao filho fica aos cuidados de Manuel. Já adulto e formado em direito, Raimundo decide retornar ao Brasil. Hospedado na casa de seu tio, resolve visitar a propriedade que pertencia ao pai e onde viveu os primeiros anos de sua vida.

Na fazenda, o rapaz descobre alguns fatos desconhecidos, como por exemplo, quem era sua mãe e que fora filho bastardo de José da Silva. Também desconfia que o padre, agora cônego, teria sido o mandante do crime.

Durante a permanência na casa de Manuel Pescador, Raimundo e sua prima Ana Rosa se apaixonam. O tio do mulato não lhe concede a mão da jovem, pois ela havia sido prometida para casar-se com Luís Dias, um de seus empregados.

Raimundo perdeu de todo a esperança de acabar com aquilo de um modo conveniente. Não obstante, sentia que gostava bastante de Ana Rosa mais do que ela podia julgar talvez, mais do que ele mesmo podia esperar de si. “Mas, se assim era, que diabo! que se casassem como toda a gente! Era levá-la à igreja, em público, com decência, ao lado da família! e não tê-la ali, a lacrimejar no seu quarto as escondidas, romanticamente! Não! não admitia! Era simplesmente ridículo!”

Raimundo desconfia que a recusa está associada a cor de sua pele e origem, já que era filho de uma escrava. Ana estava grávida de Raimundo e o casal resolve fugir. No momento da fuga, são surpreendidos pela presença do padre Diego.

Desconfiado de que Raimundo já tivesse descoberto seus crimes, o padre influencia Luís Dias que, no meio da confusão, assassina seu rival Raimundo.

Por fim, Ana Rosa aborta o filho do mulato, casa-se com o Cônego Dias e juntos têm três filhos.

Explicação:

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