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Quando Feyerabend considera que os paradigmas possam ser ultrapassados?
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Quando Feyerabend considera que os paradigmas possam ser ultrapassados
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Anarquismo epistemológico
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Paul Karl Feyerabend (1924 – 1994); Formulador do Anarquismo Epistemológico, considerado "pior inimigo da ciência".
Anarquismo epistemológico é uma teoria criada pelo filósofo da ciência austríaco Paul Feyerabend.
O termo epistemologia se refere ao estudo sobre a produção do conhecimento e foi a partir deste que Feyerabend, crítico dos mais perspicazes das análises usualmente propostas (chamado inclusive "terrorista epistemológico"), argumenta não existirem regras metodológicas úteis ou livres de exceções que dirijam o progresso científico ou o desenvolvimento dos conhecimentos. Segundo esta epistemologia a ideia de que ciência pode ou deve operar de acordo com regras fixas e universais é irrealista e perniciosa, indo contra a própria ciência.[1]
O uso do termo anarquismo deve ser aqui entendido como oposição a um princípio único, absoluto e imutável de ordem, e não somente como oposição a toda e qualquer organização. Desta forma, é justificado quando Feyerabend parte à defesa de um pluralismo metodológico; tal como o pretendido, o método científico não possui o monopólio da verdade ou resultados palpáveis, por meio de um conjunto único, fixo, restrito de regras. A abordagem pragmática é uma atitude dadaísta de "vale tudo" com relação às metodologias.[1] A teoria considera as leis inamovíveis da ciência como uma ideologia tal como a religião, magia e mitologia, e considera a dominação da ciência sobre a sociedade autoritária e injustificável.[1] Pelo próprio Feyerabend, "o anarquista epistemológico não se recusará a examinar qualquer concepção, admitindo que, por trás do mundo tal como descrito pela ciência, possa ocultar-se uma realidade mais profunda, ou que as percepções possam ser dispostas de diferentes maneiras e que a escolha de uma particular disposição correspondente à realidade não será mais racional ou objetiva que outra".[2]
A proposição desta teoria rendeu a Feyerabend o título de “o pior inimigo da ciência” conferidos por seus opositores.[3]
Índice
1 Considerações e Contextualização
2 Racionalismo
2.1 Contra o Método
2.2 O ensino de Ciência
3 A Ciência em uma sociedade livre
4 Outros proponentes
5 Referências
6 Ligações externas
Considerações e Contextualização
Ao longo dos séculos, a ciência simplesmente foi elevada a um status de superioridade por “forças históricas e violentas que usurparam o poder e decretaram qual deveria ser o padrão de conhecimento”.
Para Feyerabend, o conhecimento, possui intrínseca ligação ao contexto social. O conhecimento preservado ao longo das gerações sempre influenciou os acontecimentos sociais. Assim, na concepção anarquista de Feyerabend, o conhecimento (desde os gregos), não é uma entidade abstrata, singular as coisas, mas tem em si os aspectos da vida humana, da época em que está inserido. A ciência, assim, é apenas uma das muitas ideologias que impulsionam a sociedade e deveria ser tratada como tal.[4]
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