explique qual a relação da estrutura da produção de açúcar no Nordeste e a ocupação deste território
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cana de açucar
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CICLO DO AÇÚCAR:
O Ciclo do Açúcar foi uma das principais bases econômicas, sociais e culturais no Brasil Colonial, entre meados dos séculos XVI e XVIII. Sua implementação ocorreu por meio da importação pelos portugueses do sistema de sesmarias, responsável pela distribuição de terras para produção agrícola na, então, colônia portuguesa. Esse processo foi fundamental para a ocupação territorial, que, aos poucos, formou boa parte do que hoje representa a geografia atual do Brasil.
Nesse período, formaram-se os engenhos, que eram as unidades produtivas responsáveis pela moenda da cana-de-açúcar, além de concentrar o exercício de outras atividades importantes para o período, como a produção da cachaça brasileira, por intermédio dos alambiques, entre outras coisas.
O açúcar comum é resultado de um processo de transformação que foi desenvolvido por volta do século VI a.C. a partir da cana-de-açúcar. As Cruzadas foram responsáveis pelo acesso dos povos europeus a essa iguaria, que passou a ser muito apreciada. Por volta do século XII, a então República de Veneza passou a dominar seu processo de produção e abastecer a Europa.
O que podemos chamar de revolução do mercado açucareiro só ocorreu a partir das expansões marítimas europeias por meio, sobretudo, do Oceano Atlântico, no contexto do mercantilismo. Pequenas ilhas passaram a comportar estruturas de produção açucareiras.
Portugal passou a desenvolver a produção de açúcar em maior escala a partir de meados do século XV, nos territórios da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde. Portanto, antes dessa produção chegar às colônias nas Américas, por volta do século XVI, os portugueses já dominavam as técnicas de produção do açúcar, inclusive com a implementação da mão de obra escrava.
Após o estabelecimento dos portugueses, em 1500, na terra em que seria chamada de Brasil, a produção do açúcar não foi implementada a princípio. Até 1530, consolidou-se o que ficou conhecido como Ciclo do Pau-Brasil, no qual a madeira que concede o nome ao ciclo era o principal produto comercializado entre a colônia e a metrópole.
Foi somente a partir da expedição colonizadora designada pelo Império Português a Martim Afonso de Sousa, entre 1530 e 1532, que a produção do açúcar passou a se desenvolver no Brasil, tornando-se, depois, a base da economia colonial até o século XVIII e caracterizando o que ficou conhecido como Ciclo do Açúcar.
Desde o século V, os holandeses desempenhavam um importante papel no refino do açúcar e distribuição para países europeus. Boa parte dos rendimentos obtidos com o comércio do açúcar ficava com os holandeses, por serem eles os responsáveis por esse processo de comercialização. Há indícios, inclusive, de que houve investimentos holandeses para a instalação de engenhos no Brasil Colônia. Havia, portanto, uma colaboração entre portugueses e holandeses no comércio açucareiro.
Contudo, em 1580, o rei de Portugal, D. Sebastião, desapareceu durante uma batalha contra os mouros no Norte da África, criando uma profunda crise política, que resultou na Guerra de Sucessão Portuguesa (1580-1583) e também na União Ibérica, na qual os reinos de Portugal e Espanha foram unificados com Felipe II como monarca.
Embora Portugal mantivesse uma relação comercial estável com os holandeses, essa relação não se sustentava com os espanhóis. A crise diplomática agravou-se ainda mais após o rei Felipe II tentar acabar com a participação dos holandeses na economia açucareira do Brasil. Como retaliação, os holandeses decidiram invadir a colônia portuguesa, dando início às incursões que ficaram conhecidas como Invasões Holandesas.
Em 1637, os holandeses conseguiram estabelecer-se na Capitania de Pernambuco, controlando a produção de açúcar na região. Entre 1645 e 1654, com a Insurreição Pernambucana, os portugueses retomaram o território, expulsando os holandeses das terras brasileiras.
Assim, os holandeses dirigiram-se para o Caribe, com o objetivo de instalar as técnicas de produção de açúcar na região e diminuir a dependência em relação ao açúcar brasileiro. Em seguida, durante o século XVII, os franceses e os ingleses reproduziram a iniciativa holandesa no Caribe, fazendo com que o açúcar brasileiro perdesse significativamente a sua competitividade.