Geografia, perguntado por Venturim422, 1 ano atrás

Explique o processo de integração mundial

Soluções para a tarefa

Respondido por Joyce2012
5
Durante o período da Guerra Fria, a ordem política internacional caracterizava-se por ser bipolar, ou seja, havia dois grandes blocos econômico-políticos, o capitalista, chefiado pelos EUA, e o Socialista, liderado pela URSS. 

Com a “nova ordem” surgida após o fim do socialismo real no final dos anos 1980 e início da década de 1990, em termos políticos, o mundo caracteriza-se por ser monopolar, isto é, prevalece a vontade da última grande potência restante, os Estados Unidos. No aspecto econômico, contudo, a tendência é a formação de blocos econômicos regionais, isto é, associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si. 

Os blocos econômicos classificam-se em zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum. Na zona de livre comércio, há redução ou a eliminação das taxas alfandegárias que incidem sobre a troca de mercadorias dentro do bloco. A união aduaneira, além de abrir mercados inteiros, regulamenta o comércio dos países-membros com nações externas ao bloco. Já o mercado comum garante a livre circulação de pessoas, serviços e capitais. 

O exemplo mais avançado desses blocos – e o primeiro a surgir – é a União Européia (antiga Comunidade Econômica Européia), surgida em 1957, com o Tratado de Roma, no objetivo de fortalecer e integrar a Europa em termos econômicos, sociais e políticos (ao terminar a II Guerra Mundial (1939-45) o Velho Mundo perdeu sua condição hegemônica mundial). O objetivo primordial do bloco é eliminar qualquer barreira que cerceasse o trânsito de mercadorias, capitais, serviços e pessoas. 

Nesse sentido, foi importante a assinatura do tratado de Maastricht, na Holanda em 1992, que estabeleceu a adoção inclusive de uma moeda única para todo o continente, o EURO, o que foi posto em prática em 1999. Apesar das desconfianças mútuas que ainda persistem entre os vários países a União Européia avança – no ano de 2004 ingressarão na organização vários países do antigo leste comunista. 

Há no oriente um outro bloco – não em estrutura oficiais – liderado pelo Japão, baseando-se num intenso fluxo de investimentos desse país na região do pacífico. As lembranças do brutal imperialismo japonês na área até a II Guerra Mundial, contudo, estabelecem limites para a cooperação política. Sabendo disso, e temendo mesmo o poderio econômico japonês, os EUA têm procurado ampliar suas relações econômicas com a bacia do Pacífico pela criação de um novo bloco – a APEC (Ásia-Pacific Economic Community), o qual deseja em algumas décadas a integração econômica da região. 

De interesse mais efetivo para os Estados Unidos é a zona de livre comércio estabelecida na América do Norte – o NAFTA (North Amercia Free Trade Agreement) –, que visa integrar a economia de EUA, México e Canadá. Na verdade, o Nafta é um prelúdio de uma vasta zona econômica hemisférica lideradas pelos norte-americanos, que passará pela criação da ALCA (Área de Livre Comércio da América); em certo sentido, é a retomada da velha Doutrina Monroe (“a América para os americanos”). 

A América do Sul também apresenta deus blocos. Criado em 1991, o mercado Comum do Sul (Mercosul) é composto de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, nações sul-americanas que adotam políticas de integração econômica e aduaneira. A origem do Mercosul está nos acordos comerciais entre Brasil e Argentina elaborados em meados dos anos 80. No início da década de 90, o ingresso do Paraguai e do Uruguai torna a proposta de integração mais abrangente. Em 1995, instala-se uma zona de livre comércio. Cerca de 90% das mercadorias fabricadas nos países-membros podem ser comercializadas internamente sem tarifas de importação. Alguns setores, porém, mantêm barreiras tarifárias temporárias, que deverão ser reduzidas gradualmente. 

Além da extinção de tarifas internas, o bloco estipula a união aduaneira, com a padronização das tarifas externas para diversos itens. O Mercosul tem 209,2 milhões de habitantes e um PIB de 1,1 trilhão de dólares. Chile e Bolívia são membros associados e assinam tratados para a formação da zona de livre comércio, mas não entram na união aduaneira. Há, contudo, dificuldades: os interesses divergentes, a crise econômica dos países da América Latina e a pretensão americana de criar a ALCA são obstáculos ao MERCOSUL. 

Esses blocos econômicos expressam uma nova e mais profunda integração das estruturas capitalistas, que tende a abolir fronteiras econômicas e comerciais. No interior desses blocos, onde é livre a circulação do capital, ficam facilitados os movimentos e fusão de empresas, originando poderosas multinacionais. Há, não obstante, barreiras contras os países que não pertencem a tais
Perguntas interessantes