Ed. Moral, perguntado por Fernandaa1111111111, 1 ano atrás

explique o machismo na mídia brasileira.

Soluções para a tarefa

Respondido por AndressaGabriella
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Os maiores reflexos são nas propagandas que usam as mulheres como objeto para vender produtos, bem como a representação nas novelas, em que normalmente são apenas donas de casas sem atuação no mercado de trabalho. É evidente que esse cenário aos poucos está modificando-se, principalmente quando você avaliar que foi proibida propagandas de bebidas usando o corpo das mulheres como atrativo, assim como começou-se a representar as mulheres como líderes de grandes empresas.
Respondido por Usuário anônimo
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Resposta:

Dona de uma influência direta sobre a população, a grande mídia, muitas vezes forma opiniões, retrata ou distorce a realidade da sociedade e constrói ou desconstrói mitos sociais. A publicidade brasileira trata a mulher como um brinde para os homens. Mercantilizando o corpo feminino, destorcendo o real contexto da mulher na sociedade e incentivando a mesma a pensar de maneira opressora e retrógada.

Pesquisa publicada recentemente na revista Carta Capital, Representação das mulheres nas propagandas de TV, realizada pelo Data Popular e Instituto Patrícia Galvão, ouviu mais de 1.500 homens e mulheres em 100 municípios de todas as regiões do país. O resultado aponta que 84% da população acredita que o corpo da mulher é usado para promover a venda de produtos. Já 58% dos entrevistados acham que propagandas reduzem a mulher a um objeto sexual e, pasmem, 70% defendem que deve haver alguma punição para os responsáveis por propagandas que mostram a mulher de forma ofensiva.

Toda atividade publicitária deve caracterizar-se pelo respeito à dignidade do ser humano e  nenhum anúncio deve estimular ou favorecer qualquer espécie de ofensa ou discriminação racial, social, política, religiosa ou de nacionalidade. Partes do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. Porém, o CONAR, órgão de regulamentação de publicidade, não faz sua parte e não garante a efetivação do Código.

Um exemplo de respeito que podemos citar é uma campanha publicitária infeliz da marca Nova Schin, veiculada na TV no ano passado, que faz apologia ao estupro. No comercial publicitário, cinco homens que bebem num quiosque de praia imaginam: E se fôssemos invisíveis? Já no campo da imaginação, tudo o que se vê é uma latinha flutuante, e então, o homem invisível aproveita de seu poder para passar a mão em mulheres deitadas na areia e invadir o vestiário feminino, fazendo as moças saírem correndo de dentro do lugar, seminuas.

A campanha causou um grande debate nas redes sociais e foi o estopim para a criação da Marcha Contra a Mídia Machista, em agosto de 2012.  A propaganda colabora com a mentalidade de que abusar de uma mulher é aceitável, pior que isso, engraçado. O estupro não configura apenas a penetração vaginal. Desde 2009, praticar qualquer ato libidinoso sem consentimento da outra parte envolvida é configurado como estupro, portanto, é crime.

Enquanto houver uma mídia sem escrúpulos controlada por uma sociedade neoliberal patriarcal, haverá as campanhas machistas de cerveja onde a mulher é uma mercadoria, ou as propagandas de cosméticos e vestuário, onde é tida como alienada, superficial e quase sempre dependente do marido, ou até mesmo nas propagandas de carro, onde está quase sempre no banco do passageiro, acalmando as crianças e sorrindo para situação.

O estereótipo da beleza e da submissão é reproduzido diariamente na TV, nas rádios, nos jornais e permeiam o imaginário popular. É preciso democratizar os meios de comunicação e alterar esse contexto carregado de estereótipo e preconceito contra a mulher, em todas as fases de sua vida. É preciso intervir de forma ativa nos pontos estruturais da comunicação de massa e construir uma nova perspectiva de classe, gênero, raça, etnia e orientação sexual livre de preconceitos.

Assumindo o desafio de lutar por mais direitos e mais respeito-, para as mulheres brasileiras, a União da Juventude Socialista convoca o conjunto de sua militância para o I Encontro de Jovens Mulheres Feministas da UJS, que ocorrerá nos dias 13, 14 e 15 de dezembro, em Brasília.

Explicação: ESPERO TER AJUDADO

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