explique o descompasso existente entre as leis indianas e o preconceito contra dalits
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A Índia, apesar de já ter adentrado no século XXI, talvez seja o país onde as contradições sejam mais difíceis de serem aceitas. O país é hoje um campo fecundo para a tecnologia de ponta, assim como para as mais arcaicas posturas humanas, muitas delas ainda beirando o comportamento existente nos primórdios de nossa civilização. Ali ainda vigora o sistema de castas e a transformação de seres humanos em “impuros” que não fazem parte da sociedade, como se inexistissem. Os “impuros”, que representam o que há de mais imundo sobre a Terra, são normalmente expulsos de suas aldeias, para que não venham a contaminar as outras castas. Não podem nem mesmo utilizar os potes de água ou entrar nos templos. Nas escolas, em certas cidades, não podem entrar nas salas de aula, devendo se manter do lado de fora. E naquelas em que lhes é permitido entrar, devem ocupar os últimos lugares. São os conhecidos dalits. A palavra indiana dalit significa “quebrado/ pisado/ oprimido”. Todo aquele que violar as regras de sua casta é expulso do sistema e transformado em dalit, o maior castigo que pode existir, pois a pessoa deve fidelidade absoluta à casta a que pertence. E, uma vez rebaixada, coloca todos os seus descendentes na mesma posição. Toda a família é castigada para incutir o medo nos demais e preservar a crueldade do sistema. E qualquer membro, pertencente a uma das castas, que vier a tocar ou receber um dalit, ou mesmo ser coberto por sua sombra, pode não apenas poluir a sua casa e família, assim como toda a casta a que pertence. E para ser purificado demanda uma série de ritos, incluindo o jejum e o incenso.
Na Índia há mais de 30 milhões de dalits, que não fazem parte nem mesmo do sistema hierarquizado das castas. Inexistem! Embora o princípio da intocabilidade tenha sido abolido na Constituição indiana, ele continua vivo na cultura do país. Em Bombaim, cidade conhecida mundialmente pela sujeira, a grande maioria deles está instalada em numerosas favelas, buscando refúgio nas ruelas e calçadas atulhadas de lixo e cães vadios, ou pedindo esmola aos turistas no centro da cidade.
Os dalits são vítimas de uma opressão múltipla. No tocante à religião hinduísta, não possuem acesso aos templos. E só se dão conta do fosso em que vivem, quando se convertem ao islamismo ou ao cristianismo, pois o hinduísmo legitima o sistema de castas (praticado por mais de 80% da população), a ponto de os dalits acharem que é correto viver dessa maneira, para pagarem pelos pecados feitos em outras vidas. E que assim deve ser, sem questionamento ou reclamação alguma, como reza sua crença religiosa.
No plano político, embora correspondam a 15% da população indiana, não são ouvidos pelos dirigentes do país. Não possuem voz. Não são levados em conta. No plano econômico, mesmo que os governos tentem garantir-lhes o direito de posse de terras cultiváveis, os proprietários rurais das aldeias usam de todo tipo de violência para expulsá-los. A única solidariedade encontrada é entre eles mesmos.
O clamor dos excluídos e dos oprimidos indianos é sufocado pelos poderes tecnológico, econômico, político e religioso que imperam no país. Parte da Índia está se tornando um mundo rico, economicamente falando, mas continua com sua pobreza mental no tocante ao respeito pelos direitos de todos os seres humanos. Apesar disso, muita gente ainda credita à Índia uma espiritualidade que não encontra nenhuma base, quer pelo comportamento hostil de suas castas ou pela falta de solidariedade aos desfavorecidos. Mera enganação.
Os dalits na Índia (e Nepal) são excluídos de todo o bem comum e suas mulheres são violentadas e obrigadas a se prostituírem. São consideradas piores de que um cão que vive na rua, farejando restos pelo chão. Entre eles, 66% são analfabetos e a mortalidade infantil chega a 10%. A escritora indiana Thrity Umrigar revela o drama desse povo em seu livro “A Distância entre Nós”.
Muitos dalits estão acordando para a realidade cruel que os detém. E, para conseguirem romper, de certa forma, com o passado opressor, convertem-se ao Budismo (mais liberal e igualitário), ao Islamismo ou ao Cristianismo. E, apesar da discriminação que sofrem por parte de seus colegas de sala e professores, muitos dalits,convertidos a uma nova religião, estão conseguindo um diploma de curso superior. O que tem contribuindo para o nascimento de grandes líderes dalits. Os membros das castas mais baixas também tem se rebelado contra a situação em que vivem, promovendo várias revoltas pelo país
As tradições culturais e a forte religiosidade ainda resistem bravamente às ações governamentais e transformações econômicas que atingem a realidade presente dos indianos. Enquanto isso, o regime tradicional já contabiliza mais de três mil classes e subclasses que organizam esse complicado sistema de quebra-cabeça da sociedade indiana e a torna tão injusta.
Na Índia há mais de 30 milhões de dalits, que não fazem parte nem mesmo do sistema hierarquizado das castas. Inexistem! Embora o princípio da intocabilidade tenha sido abolido na Constituição indiana, ele continua vivo na cultura do país. Em Bombaim, cidade conhecida mundialmente pela sujeira, a grande maioria deles está instalada em numerosas favelas, buscando refúgio nas ruelas e calçadas atulhadas de lixo e cães vadios, ou pedindo esmola aos turistas no centro da cidade.
Os dalits são vítimas de uma opressão múltipla. No tocante à religião hinduísta, não possuem acesso aos templos. E só se dão conta do fosso em que vivem, quando se convertem ao islamismo ou ao cristianismo, pois o hinduísmo legitima o sistema de castas (praticado por mais de 80% da população), a ponto de os dalits acharem que é correto viver dessa maneira, para pagarem pelos pecados feitos em outras vidas. E que assim deve ser, sem questionamento ou reclamação alguma, como reza sua crença religiosa.
No plano político, embora correspondam a 15% da população indiana, não são ouvidos pelos dirigentes do país. Não possuem voz. Não são levados em conta. No plano econômico, mesmo que os governos tentem garantir-lhes o direito de posse de terras cultiváveis, os proprietários rurais das aldeias usam de todo tipo de violência para expulsá-los. A única solidariedade encontrada é entre eles mesmos.
O clamor dos excluídos e dos oprimidos indianos é sufocado pelos poderes tecnológico, econômico, político e religioso que imperam no país. Parte da Índia está se tornando um mundo rico, economicamente falando, mas continua com sua pobreza mental no tocante ao respeito pelos direitos de todos os seres humanos. Apesar disso, muita gente ainda credita à Índia uma espiritualidade que não encontra nenhuma base, quer pelo comportamento hostil de suas castas ou pela falta de solidariedade aos desfavorecidos. Mera enganação.
Os dalits na Índia (e Nepal) são excluídos de todo o bem comum e suas mulheres são violentadas e obrigadas a se prostituírem. São consideradas piores de que um cão que vive na rua, farejando restos pelo chão. Entre eles, 66% são analfabetos e a mortalidade infantil chega a 10%. A escritora indiana Thrity Umrigar revela o drama desse povo em seu livro “A Distância entre Nós”.
Muitos dalits estão acordando para a realidade cruel que os detém. E, para conseguirem romper, de certa forma, com o passado opressor, convertem-se ao Budismo (mais liberal e igualitário), ao Islamismo ou ao Cristianismo. E, apesar da discriminação que sofrem por parte de seus colegas de sala e professores, muitos dalits,convertidos a uma nova religião, estão conseguindo um diploma de curso superior. O que tem contribuindo para o nascimento de grandes líderes dalits. Os membros das castas mais baixas também tem se rebelado contra a situação em que vivem, promovendo várias revoltas pelo país
As tradições culturais e a forte religiosidade ainda resistem bravamente às ações governamentais e transformações econômicas que atingem a realidade presente dos indianos. Enquanto isso, o regime tradicional já contabiliza mais de três mil classes e subclasses que organizam esse complicado sistema de quebra-cabeça da sociedade indiana e a torna tão injusta.
whatorname:
ta grande mas é isso aí kkkkk da uma resumida .. espero ter ajudado <3
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