Filosofia, perguntado por FranciscoSamp1177, 1 ano atrás

explique e dê um exemplo de como os filósofos da corrente fenomenológica reagem à dicotomia corpo-conciência.

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Respondido por elamambretti
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A fenomenologia é o estudo dos fenômenos. Fenômenos são todas as coisas materiais que percebemos e tocamos, as coisas naturais estudadas pelas ciências da natureza, as coisas ideais e as coisas criadas pela  cultura, pela ação e prática humana. Para a fenomenologia, não existe pura consciência,  ou alma, seu ponto ponto de reflexão é o da vivência imediata da consciência.

A consciência se expressa na intencionalidade, isto é, na vivência que está na interação entre sujeito e objeto, o homem e o mundo,  o pensamento e o ser, mostrando que todos os atos psíquicos, tudo o que acontece na mente, visam a um objeto. A consciência é o o que dá sentido  às coisas.

Para a fenomenologia, o corpo é  movimento, sensibilidade e expressão criadora., é uma dimensão da totalidade do ser humano. O meu corpo não é  uma coisa que eu possuo. Eu sou meu corpo.

Eu me revelo pelas minhas manifestações corporais. É por isso que, ao observarmos o movimento de alguém, por exemplo, percebemos além de uma  simples coisa em movimento, mas percebemos como gesto expressivo, pois está na mediação entre a dimensão física e psíquica.

Assim, enquanto o corpo percebe, é ao mesmo tempo percebido. O corpo exerce uma comunicação com o mundo.  É por isso que “o mundo é não aquilo que eu penso, mas aquilo que eu vivo, eu estou aberto ao mundo, comunico-me indubitavelmente com ele, mas não o possuo, ele é  inesgotável."

É pela experiência do corpo no mundo que eu me insiro no mundo. Ao dizer que “sou meu corpo”, os filósofos fenomenologistas, dissolvem o problema da dicotomia corpo/espírito e  passam a dar atenção para a mediação, uma vez que, para poder ser  uma pessoa, precisa se relacionar com as coisas e o mundo e  ultrapassá-las.

Bons estudos!

Respondido por theraven4512
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Resposta:

A corrente da fenomenologia tem objetivo superar adicotomia corpo-consciência, desfazendo a hierarquização determinada pela visão platônico-cristã. Pela noção da intencionalidade, o corpo não é coisa nem obstáculo, mas é parte integrante datotalidade do ser humano, meu corpo não é alguma coisa que eu tenho; eu sou meu corpo.

Exemplo: o gesto nunca é apenas corporal: ele é significativo e nos remete imediatamente à interioridade dosujeito. De fato, o corpo que percebemos não é um corpo qualquer; é um corpo humano, então o corpo é o primeiro momento da experiência humana. E antes de ser um "ser que conhece", o sujeito é um"ser que vive e sente" que é a maneira de participar, com o corpo, do conjunto da realidade.

Explicação:

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