Explique como a participação do Brasil em diferentes organizações multilaterais, pode ser importante?
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Explicação:
O Brasil e as instâncias multilaterais
Enquanto transformações se sucediam bruscamente no plano internacional, na formulação da política doméstica a participação do Brasil em instâncias multilaterais foi aprofundada sensivelmente nos últimos anos. Uma das características da política externa brasileira, em todos os momentos, inclusive no regime militar, foi a presença constante em foros congregando países sob as mais diferentes óticas, das culturais às políticas, das econômicas às militares. Em 1964, por exemplo, o Brasil participou ativamente da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Da mesma forma, marcou forte presença na Força Interamericana de Paz que interferiu na República Dominicana em 1965; liderou a criação do Tratado de Cooperação Amazônica, firmado em julho de 1978 por mais sete países da região; propôs a Zona de Paz e de Cooperação no Atlântico Sul em 1986 envolvendo latino-americanos e africanos; sediou a Conferência das Nações Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD-Eco Rio) em 1992 e a I Conferência Ibero-americana em 1999, além do Mercosul em 1991.
Não se deve, ainda, esquecer as freqüentes visitas de representantes de organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento-Banco Mundial (BIRD) no país, motivada principalmente pela captação de recursos, pela necessidade de mostrar que está fazendo bem seus deveres de casa e de realizar ajustes nas contas nacionais, atendendo às recomendações e exigências dessas instituições. Outras participações e iniciativas brasileiras poderiam ser aqui listadas, mas pouco acrescentariam à idéia de que a presença em organismos internacionais é um dos traços mais permanentes na atuação do país, seja no âmbito regional seja no contexto mais global.