explique como a guerra de reconquista foi essencial para a centralização política de Portugal e Espanha
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O processo histórico conhecido como Guerra de Reconquista consistiu na retomada dos territórios conquistados pelos mouros (berberes que professavam a religião muçulmana) na Península Ibérica. Apesar de boa parte dos historiadores considerarem a reconquista restrita ao século XV, é possível afirmar que ela se compôs de uma série de batalhas ocorridas entre os séculos VIII e XV.
A invasão da Península Ibérica se deu a partir do norte da África durante a expansão do Império Islâmico, por volta do ano de 711. Sob o comando de Tarik ibn-Zyiad, as tropas mouras obrigaram os visigodos que habitavam o local a se refugiarem no norte da Península, na região montanhosa das Astúrias. As condições geográficas facilitavam a defesa dos visigodos na região, possibilitando ainda investidas contra as possessões mouras que eram constituídas.
A primeira revolta que se tem notícia foi a revolta de Pelágio (ou Pelayo), em 718, iniciando a resistência e avanço dos cristãos contra os mouros que conquistavam a península. A luta por conquista de territórios se transformava também em uma luta religiosa opondo os cristão e os muçulmanos.
Porém, entre os séculos VIII e XI, foram os mouros a conseguirem os maiores feitos, conquistando quase toda a Península Ibérica e consolidando-se com a formação do Emirado de Córdoba.
Mas a partir do século XII, com o apoio do movimento das cruzadas, os reinos cristãos da região passaram a ampliar sua dominação. Vários reinos e outros territórios foram criados após as batalhas: Condado Portucalense, Reino de Aragão, Reino de Castela, Reino de Navarra e Reino de Leão. A partir dessas conquistas, exércitos foram formados para lutar contra os mouros, garantindo a manutenção das posições geográficas conseguidas.