explique as diferenças entre o racismo antigo e o moderno e como este último buscou desconstruir a cultura e a identidade dos povos que foram dominados pela civilização ocidental e suas consequências em nossa cultura.
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É de conhecimento público que, ao longo da nossa história, foram variados e são permanentes os processos de apropriação econômica, social, cultural e política que, por mais que fossem denunciados por suas vítimas — a população negra —, nunca encontraram muito eco nos meios acadêmicos, midiáticos ou políticos. Entretanto, na atualidade, com as milhares de jovens negras que adentraram a Universidade nos últimos anos — resultado das políticas afirmativas e de expansão do ensino público superior — e com a expansão da audiência dos canais de mídia alternativa na internet, este e outros debates vinculados à problematização das relações raciais no Brasil se adensaram e se expandiram.
Sobre o caso em tela, importante reconhecer que a enorme produção acadêmica e militante negra das últimas quatro décadas nunca se propôs a individualizar a ação do racismo e seus fenômenos congêneres, embora reconheça que é, sobretudo, nas relações diárias e cotidianas que o racismo se apresenta. Antes, pretendeu-se apontar a necessidade de compreender, de forma sistêmica e localizada historicamente, a construção e os efeitos do racismo sobre a população negra, sem perder de vista que suas consequências se estendem para a sociedade brasileira de maneira global e, dessa forma, combatê-lo e superá-lo enquanto sistema ideológico que sustenta uma dominação socioeconômica do sistema capitalista.
A nós, militância das lutas antirracismo e antissexismo, o episódio em questão se constitui em oportunidade de problematizar sua reprodução em nível sistêmico subalternizando — ainda mais — toda uma comunidade negra, persistentemente desumanizada, alvo de perseguições e proibições de seus símbolos religiosos e culturais e presentemente a maior vitimada pelo genocídio e feminícidio, que não mobilizam tantos ânimos e paixões daquelas pessoas não-negras que se identificam como antirracistas. Infelizmente.
Por isso, ao falar do uso do turbante, não estamos falando de qualquer adereço estético, mas, sim, de uma representação simbólica religiosa que remete às expressões religiosas de matriz africana, até bem pouco tempo proibidas no Brasil e, desde então, perseguidas e combatidas. Quem não compreender isso, infelizmente, prejudicará o avanço na reflexão e ação de enfrentamento ao racismo no País.
Sobre o caso em tela, importante reconhecer que a enorme produção acadêmica e militante negra das últimas quatro décadas nunca se propôs a individualizar a ação do racismo e seus fenômenos congêneres, embora reconheça que é, sobretudo, nas relações diárias e cotidianas que o racismo se apresenta. Antes, pretendeu-se apontar a necessidade de compreender, de forma sistêmica e localizada historicamente, a construção e os efeitos do racismo sobre a população negra, sem perder de vista que suas consequências se estendem para a sociedade brasileira de maneira global e, dessa forma, combatê-lo e superá-lo enquanto sistema ideológico que sustenta uma dominação socioeconômica do sistema capitalista.
A nós, militância das lutas antirracismo e antissexismo, o episódio em questão se constitui em oportunidade de problematizar sua reprodução em nível sistêmico subalternizando — ainda mais — toda uma comunidade negra, persistentemente desumanizada, alvo de perseguições e proibições de seus símbolos religiosos e culturais e presentemente a maior vitimada pelo genocídio e feminícidio, que não mobilizam tantos ânimos e paixões daquelas pessoas não-negras que se identificam como antirracistas. Infelizmente.
Por isso, ao falar do uso do turbante, não estamos falando de qualquer adereço estético, mas, sim, de uma representação simbólica religiosa que remete às expressões religiosas de matriz africana, até bem pouco tempo proibidas no Brasil e, desde então, perseguidas e combatidas. Quem não compreender isso, infelizmente, prejudicará o avanço na reflexão e ação de enfrentamento ao racismo no País.
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