Explique a tensão entre a gramática normativa e a linguagem cotidiana e diga por que essa tensão pode dar origem a práticas elitistas e discriminatórias.
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Olá, tudo bem? Vou te ajudar nessa questão:
A gramática normativa como conhecemos hoje é baseada em obras literárias do século XIX, época em que apenas a burguesia e as elites tinham acesso à educação formal. Com isso, a gramática normativa reflete o modo como a burguesia falava, reproduzindo sua linguagem.
Entretanto, a linguagem informal é extremamente variada e não segue um modelo fixo como a gramática normativa. Pelo contrário, está em constante mudança e é possível identificar grupos sociais através das diferenças entre as maneiras de usar a linguagem.
Com isso, é possível perceber que os grupos sociais com maior poder aquisitivo e acesso à educação formal (aquela dada na escola, cursos, etc.) tem maior contato e, consequentemente, maior facilidade no uso da norma culta, enquanto grupos sociais menos favorecidos têm menos contato com a gramática normativa.
Assim, acaba-se reproduzindo o estigma de que a norma culta é um indicativo de inteligência, quando na verdade é apenas uma demonstração de que a pessoa aprendeu as características da gramática normativa de berço. A visão dos desvios da norma culta como "erros" faz com que os mais pobres sejam motivo de chacota, humilhados por falas como "pobrema" e "framengo".
Em suma, é importante que entendamos que a norma culta é apenas uma das muitas possibilidades da língua, e que seus desvios apenas mostram quem tem mais proximidade com a gramática normativa ou não, independente de inteligência.
A gramática normativa como conhecemos hoje é baseada em obras literárias do século XIX, época em que apenas a burguesia e as elites tinham acesso à educação formal. Com isso, a gramática normativa reflete o modo como a burguesia falava, reproduzindo sua linguagem.
Entretanto, a linguagem informal é extremamente variada e não segue um modelo fixo como a gramática normativa. Pelo contrário, está em constante mudança e é possível identificar grupos sociais através das diferenças entre as maneiras de usar a linguagem.
Com isso, é possível perceber que os grupos sociais com maior poder aquisitivo e acesso à educação formal (aquela dada na escola, cursos, etc.) tem maior contato e, consequentemente, maior facilidade no uso da norma culta, enquanto grupos sociais menos favorecidos têm menos contato com a gramática normativa.
Assim, acaba-se reproduzindo o estigma de que a norma culta é um indicativo de inteligência, quando na verdade é apenas uma demonstração de que a pessoa aprendeu as características da gramática normativa de berço. A visão dos desvios da norma culta como "erros" faz com que os mais pobres sejam motivo de chacota, humilhados por falas como "pobrema" e "framengo".
Em suma, é importante que entendamos que a norma culta é apenas uma das muitas possibilidades da língua, e que seus desvios apenas mostram quem tem mais proximidade com a gramática normativa ou não, independente de inteligência.
miguelbahia:
bravo...muito bom...valeu
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