Explique a afirmação “A arte e para sentir e não para pensar
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Resposta:
A arte é para sentir e não para pensar, apregoa-se por todos os lados. Essa evidência é, entretanto, questionável. Há também uma participação imprescindível da inteligência na fruição da beleza na obra de arte.
Quem já teve a oportunidade de observar o trabalho de Rodin, por exemplo, provavelmente ficou extasiado com a plasticidade com que o corpo humano é reproduzido em suas obras.
Provavelmente também ficou com vontade de tocá-las, o que felizmente é proibido. Felizmente porque a experiência estética seria perturbada e irremediavelmente interrompida.
Se tocarmos a superfície da Danaïde (1889), de Rodin, nos decepcionaremos ao notar que a figura que parece cheia de carne, quente e cheia de sensualidade, na verdade é de mármore; fria e rígida como a morte. A experiência sensível de um toque pode, portanto, impossibilitar a percepção da obra como uma coisa bela.
É interessante ressaltar que a absorção de um pensamento artístico, se desenvolve a partir de sentimentos que influenciam o individuo de maneira que sua sensibilidade possa estar atenta junto a construção dessa obra, ou seja, o pensamento não definirá essa questão, mas sim o sentimento, pois ele que aflora a capacidade do homem de observar a arte sendo bela.