Existe uma confusão sobre a definição de sustentabilidade. Peter Senge afirma que evita usar a palavra “sustentabilidade”, ou a utiliza o menos possível, porque é um termo tão genérico que as pessoas percebem como um “ideal a ser atingido”, é interpretado como “ser menos mau” e envolve retóricas e controvérsias que não criam um ambiente propício para a inovação e a busca de soluções.
Elabore
um texto argumentativo, posicionando-se diante da definição de
sustentabilidade. Utilize os marcadores que designam a extrapolação da ideia
genérica de um “ideal a ser atingido” para fundamentar seu texto.
Soluções para a tarefa
Atualmente, muito se tem falado em sustentabilidade ambiental, mas como alcançá-la? De que forma podemos trabalhar ou desenvolver nossas atividades no dia a dia com sustentabilidade? O termo sustentabilidade pode ser aplicado em vários setores, tais como: empreendimentos da construção civil, consumo, setor automobilístico, vestuário, agricultura, indústria, transportes, educação etc. Neste sentido, a busca de novas tecnologias e estratégias na tentativa da harmonização de políticas públicas, sociais, econômicas e ambientais tem sido uma preocupação no desenvolvimento sustentável.
Na realidade, sustentabilidade é um conceito que está relacionado diretamente com a forma de intervenção do homem no meio ambiente. É um conceito que demonstra que aquele produto foi produzido ou fabricado respeitando as normas e os princípios ambientais, minimizando ou mitigando os efeitos dos danos ao meio ambiente, utilizando tecnologias e materiais ecologicamente corretos. Hodiernamente, uma característica da economia atual é o desperdício mais ou menos acentuado de água, energia e capital natural. Para alcançar a sustentabilidade, é necessário que se leve em consideração o meio ambiente e o estoque natural sem comprometer a capacidade de manutenção desses recursos para as presentes e futuras gerações. É indispensável a racionalidade na utilização dos recursos naturais e recursos ambientais.
O desenvolvimento sustentável tem se tornado um desafio para toda e qualquer atividade que tem compromisso socioambiental. A sustentabilidade ambiental consiste em um novo paradigma que deve ser alcançado, sob pena de os custos ambientais serem tão elevados para a sociedade e muitas atividades humanas não poderem persistir num futuro muito próximo. Todos nós dependemos dos recursos naturais e ambientais, e, portanto, nesta perspectiva temos de prolongar a vida útil desses recursos. Como sociedade, gestores, empresários e pesquisadores, somos todos responsáveis por nossas ações e omissões com o planeta Terra. Alguns fatores como as mudanças climáticas, escassez de recursos hídricos, crescimento populacional, perda da biodiversidade, desertificação, energia, combustíveis e desmatamento são problemas que precisam de ação e planejamento de estratégias que diminuam os riscos ambientais e aumentem a possibilidade de oportunidades mais sustentáveis no mundo. Precisamos refletir sobre nossas práticas, atitudes e posturas na sociedade atual. Essa é uma questão complexa, pois envolve pesquisa, conhecimento, novas tecnologias e tempo.
Analisando o cenário que temos, eu diria que ainda não estamos preparados para alcançar a sustentabilidade, pois será necessário um longo processo de educação ambiental, resgate de valores éticos, morais e culturais. Sabemos que algo já começa a ser feito, mas ainda há muito por fazer, pois a sustentabilidade ambiental depende de cada um de nós e do nosso compromisso enquanto passageiros dessa nave chamada Terra. Para tanto, os critérios de sustentabilidade precisam ser aplicados: sustentabilidade social, cultural, ecológica, econômica e política. Para se alcançar um desenvolvimento sustentável, esses critérios precisam ser satisfeitos em todas as dimensões. Será que estamos realmente conscientes e preparados para o desafio dessa nova realidade? Em um mundo cheio de desemprego e crescimento calcado no quantitativo e não no qualitativo, que pouco leva em consideração a dimensão ambiental, é possível a mudança de paradigma?
O atual modelo econômico com meios de produção e consumo, maximizando os lucros e com a compreensão de que o meio ambiente é apenas, ou acima de tudo, fonte fornecedora de matéria-prima e energia, está com os dias contados. A natureza nos tem enviado inúmeras mensagens dizendo que esse modelo está ultrapassado. Uma nova visão sistêmica da realidade baseada na compreensão do universo como um todo, em forma de rede com seus elementos interligados e interdependentes, constitui uma importante ferramenta de compreensão dos novos tempos. O que estaríamos dispostos a fazer em nome da sustentabilidade? Esta é uma pergunta que se deve fazer a si mesmo.
Referencias
Google:Mary Lúcia Andrade Correia é professora e coordenadora do curso de especialização em Direito Ambiental da Unifor. É mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará, especialista em Direito Ambiental pela Universidade Estadual do Ceará, especialista em Geografia pela UFC e graduada em Direito pela Unifor e em Geografia pela UECE.