Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo à minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando
Em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
texto acima
No texto, o que o eu-lírico vê no rosto da multidão? O que isso lhe causa?_______________________________________
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O eu lírico observa que cada rosto possui seu mistério, como se as pessoas não deixassem transparecer seus verdadeiros sentimentos, sejam eles a sofrência ou ilusão. Creio que o eu poético, por parecer sozinho, tenha receio de olhar as pessoas, uma vez que não é possível distinguir seus verdadeiros sentimentos e intenções.
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