Português, perguntado por luiza544, 1 ano atrás

Eu preciso fazer uma resenha crítica do poema "A ideia" de Augusto dos Anjos Alguém pode me ajudar

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Respondido por juliasz226
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''De onde ela vem? De que matéria brutaVem essa luz que sobre as nebulosasCai de incógnitas criptas misteriosasComo as estalactites duma gruta?!''
Durante o poema, Augusto dos Anjos, demonstra perplexidade com a condição humana questionando de onde vem a Ideia, assim dando origem ao poema. Na primeira estrofe ele emprega uma metáfora (Luz) e uma comparação (criptas misteriosas como as estalactites duma gruta) para se referir a ideia.
No segundo verso o autor usa a palavra ''nebulosa'' que são nuvens de poeira, hidrogênio e plasma. As nebulosas são áreas onde se formam a estrelas, no poema pode ser entendido como a formação da ideia que, no verso seguinte, cai como ''estalactites''que são formações rochosas originadas no teto de uma gruta crescendo para baixo pela precipitação do carbonato de cálcio.2ª e 3ª Estrofes: ''Vem da psicogenética e alta lutaDo feixe de moléculas nervosas,Que, em desintegrações maravilhosas,Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,Chega em seguida às cordas da laringe,Tísica, tênue, mínima, raquítica ...''
No segundo verso da segunda estrofe o emprego de moléculas (ligações de átomos) se refere a moléculas do Sistema Nervoso ou moléculas em movimento caótico, que pode ser desintegrada sem perder suas propriedades.
Nas duas estrofes, o autor, descreve o percurso da Ideia que vem da psicogenética e assim percorre o caminho do encéfalo, centro do sistema nervoso, chegando às cordas da laringe (um órgão muscular em forma de tubo que permite a passagem do ar, fica entre a traqueia e a língua, importante na quarta estrofe) fraca e limitada, como os significados das palavras tísica e raquítica.4ª Estrofe: ''Quebra a força centrípeta que a amarra,Mas, de repente, e quase morta, esbarraNo molambo da língua paralítica!''
Por fim, o instrumento que dá forma a Ideia é a língua que não consegue expressar como queria - o pensamento - na sua forma total e pura. Ou seja, o caminho que a Ideia teve que percorrer para chegar até a língua, destruiu-a de forma irreparável.
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