ENEM, perguntado por netoneto7230, 1 ano atrás

Eu ouvia música popular brasileira, mas estava à toa na vida quando o fim de semana no parque Santo Antônio* me pegou. Eu ouvia artistas falar de Ipanema, de Leblon, de Itapuã, e de repente havia uns caras que falavam da minha quebrada. O sentimento que tenho pelo pessoal do rap é de gratidão. Eles foram os caras que acordaram a periferia para a valorização, para a autoestima. Foi escutando Racionais e outros grupos de rap que muita gente descobriu quem era Zumbi, Steven Biko, Nelson Mandela. O pessoal da bossa nova abriu a janela e viu um dia de luz, uma festa do sol, e fez uma música. Tudo certo, é sincero. Mas a gente abre a janela e vê outra coisa, então temos que falar sobre o que vemos. As pessoas hoje marcham na rua para falar de coisas que a gente já dizia havia muito tempo. Quando acabou a ditadura, o Brasil exaltou a liberdade de expressão. Mas a fome continuou, o racismo continuou, a pobreza continuou. (Sérgio Vaz. "Nosso texto tem menos crase, mas ainda assim é literatura". In: Brasil: Almanaque de Cultura Popular. * Parque Santo Antônio: bairro paulistano de baixo padrão econômico. Em sua entrevista a Bruno Hoffmann, o poeta paulistano Sérgio Vaz estabelece uma oposição entre bossa 6 nova e rap que também se manifesta em variedades sociais de linguagem, como se verifica no confronto entre a) "Eu ouvia música popular brasileira" e "estava à toa na vida". b) "Eu ouvia artistas falar de Ipanema, de Leblon, de Itapuã" e "havia uns caras que falavam da minha quebrada". c) "O sentimento que tenho pelo pessoal do rap é de gratidão" e "acordaram a periferia para a valorização". d) "O pessoal da bossa nova abriu a janela e viu um dia de luz" e "Mas a gente abre a janela e vê outra coisa". e) "Quando acabou a ditadura, o Brasil exaltou a liberdade de expressão" e "Mas a fome continuou, o racismo continuou".

Soluções para a tarefa

Respondido por jalves26
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A oposição entre bossa nova e rap se verifica no confronto entre:

b) "Eu ouvia artistas falar de Ipanema, de Leblon, de Itapuã" e "havia uns caras que falavam da minha quebrada"

> O enunciado da questão está pedindo para destacar o confronto em relação a variedades sociais de linguagem entre a bossa nova e o rap.

Isso fica evidente por meio dos termos "caras" e "quebrada", que identificam o falante da classe baixa, que costuma se expressar por meio de gírias.

Assim, temos uma oposição linguística em relação à variedade social.

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