Eu, etiqueta
Em minha calça está grudado um nome que não é meu de batismo ou de cartório, um nome... estranho. (...)
minha gravata e cinto
e escova e pente, meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete, meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência, costume, hábito, premência, indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada. Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas, (...)
Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Corpo. Rio de janeiro: Record, 1984.
01- Pela leitura desse texto, pode-se afirmar que o poeta (eu -lírico) sente-se
(A) fortalecido.
(B) intimidado.
(C) manipulado.
(D) roubado.
to abaixo:
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:Letra C
Explicação:'' escravo da matéria anunciada.''
dsclp explicaçao pequena,se estiver errado me fale e eu corrigirei.
Respondido por
0
Resposta:
Letra C
Explicação:
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