Geografia, perguntado por joao8756, 9 meses atrás

Estes dois continentes foram os dois grandes focos de
imigração do século XIX e primeira metade do século XX.
Trata-se da:​

Soluções para a tarefa

Respondido por gabrieldesbiez
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Resposta: A ideia de trazer braços europeus para mover o país já aparece no século XVIII quando Marquês de Pombal mandou alguns patrícios de Açores. Alguns anos depois, D João VI inicia a política de importação de mão-de-obra livre, autorizando em 1818, o estabelecimento de uma colônia de católicos suíços que promoveram a fundação de Nova Friburgo.

Foi, porém, na virada do século XIX para o século XX que ocorreu o ápice do fluxo migratório (maior fluxo imigratório já vivido pelo país). Isto se deu por uma conjunção de fatores internos e externos. A Europa vivenciava os desdobramentos da Revolução Industrial e suas consequências como: dispensa de mão-de-obra; explosão demográfica; facilitação dos meios de transporte e comunicação; agitações políticas. O Brasil, por outro lado, estava no auge da expansão da lavoura cafeeira no Sudeste.

No período imperial, parte do imigrantes formaram núcleos coloniais. Surgem novos núcleos como os alemães de Blumenau, Joinville, Santo Ângelo e São Lourenço. Os Italianos fundaram Bento Gonçalves, Caxias e Garibaldi. Na nova república os antigos barões do café estavam no poder e a imigração subvencionada pelo Estado voltou-se, quase que exclusivamente, para a grande lavora. Vencia, assim, o projeto de substituição da mão-de-obra escrava pela livre. Livre, mas com ressalvas: dependência às fazendas.

Embora tenha ocorrido a predominância de imigrantes no meio rural, alguns imigrantes foram parar nas grandes cidades ajudando a formar o operariado brasileiro, atuando em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo (90% dos trabalhadores industriais de São Paulo em 1901). Os centros urbanos, embora oferecessem precárias condições de sobrevivência no início do séc. XX, eram preferidos em relação às lavouras, principalmente por causa da mobilidade. Para os estrangeiros, a cidade era o lugar da oportunidade.

Fazendo o Brasil nas lavouras, fábricas, comércio e nas artes, milhares de homens e mulheres aprenderam a ser brasileiros, mas também de alguma forma se tornaram, por conta da saudade e do apego às tradições (ancestrais ou inventadas), mais italianos, portugueses, libaneses, espanhóis, japoneses.

Políticas de imigração

As políticas de imigração que se iniciaram no século XIX e que se mantiveram em certo grau no século XX relacionam-se diretamente com o projeto de ocupar as áreas fronteiriças do território brasileiro, como as localizadas ao sul e também com a crescente demanda de mão-de-obra na lavoura cafeeira. Por meio de debates governamentais e em obras ensaísticas e literárias, percebe-se a consolidação do branco como prioridade na escolha do tipo de indivíduo que era desejado e aceito na sociedade daquela época.

Inicialmente não era qualquer branco. Era o branco católico. Porém a questão religiosa foi paulatinamente deixada de lado, enquanto a racial permaneceu como elemento importante na escolha de quem seria estimulado a ingressar em território brasileiro. Embora chineses e africanos livres também tenham imigrado para o Brasil, as ideias intimamente ligadas a uma espécie de Evolucionismo Social se mantiveram forte.

O Evolucionismo/Darwinismo social propunha uma análise da sociedade e diversidade humana através das descobertas de Charles Darwin no campo da biologia. Acreditava-se assim que a sociedade humana se desenvolveu em estágios sucessivos e obrigatórios, numa trajetória unilinear e ascendente com a necessidade de todos os grupos humanos de atravessar as mesmas etapas de desenvolvimento. A partir disso classificava-se e julgava-se os povos se acordo com seu grau de evolução. Caberia aos povos mais evoluídos levar progresso aos mais primitivos. Esse pensamento justificou missões civilizatórias, políticas discriminatórias e constituiu o cerne para compreender o porquê da escolha do europeu como aquele que servia ao projeto de construção da nação brasileira. Ele seria o mais apto a construir uma nação branca, moderna e civilizada.

Embora tivesse certo consenso sobre quem deveria imigrar, não havia consenso sobre como imigrar, pois, as políticas imigrantistas eram sempre alvo de críticas e descontinuadas ao longo do tempo. Podemos apontar três formatos principais de política imigrantista:

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Explicação:

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