Escreva um texto no caderno com sua opinião sobre a importância de estudar sexualidade na escola
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Se por um lado somos diariamente bombardeados por referências sexuais em propagandas e conteúdos de entretenimento, por outro, falar abertamente sobre o assunto com os jovens ainda assusta pais e educadores. Apesar do tabu persistir, e para o desgosto de muitos adultos, esse é um tema que faz sim parte da vida dos jovens. Segundo a pesquisa Mosaico 2.0, de 2016, do Programa de Sexualidade, da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o laboratório Pfizer, os jovens brasileiros têm iniciado a vida sexual entre os 13 e 17 anos.
Infelizmente, essa busca pela expressão da afetividade e por prazer nem sempre é amparada por uma Educação que aborde a sexualidade em seus aspectos biológicos, culturais e sociais, como recomendam os parâmetros curriculares de ciências do Ministério da Educação (MEC). O resultado disso é a continuidade de comportamentos de risco, como o não uso de proteção durante a relação sexual, por exemplo. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), em 2015, dos adolescentes do 9° ano do Ensino Fundamental sexualmente ativos, 33,8% disseram não ter usado camisinha na última relação sexual. Apesar disso, 7 em cada 10 afirmaram ter recebido informação a respeito na escola. Ou seja, apenas passar informação não é suficiente.
Além disso, a falta de uma reflexão mais ampla sobre a sexualidade humana também favorece a persistência da intolerância e da violência, enfraquecendo o combate ao preconceito, ao abuso sexual infantil e à violência contra a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e contra a mulher - tópicos fundamentais para o Brasil, que ainda convive com índices alarmantes de crimes dessas naturezas. Avançar em um ensino de Educação sexual de maior qualidade nas escola é, portanto, literalmente caso de vida ou morte.
Vários documentos nacionais e internacionais (veja no final do texto) dão suporte a uma Educação sexual que vá além da abordagem reprodutiva. A Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Cultura e Esporte (Unesco), de 2018, indica que o ensino deve servir para que os jovens desenvolvam conhecimento, habilidades e valores éticos para fazer escolhas saudáveis e respeitáveis sobre os relacionamentos, o sexo e a reprodução.
O documento propõe a “educação sexual compreensiva”, cujo objetivo é nortear o processo de aprender e ensinar sobre os aspectos cognitivos, físicos, emocionais e sociais da sexualidade. O texto discute temáticas mais científicas, como fisiologia e anatomia sexual e reprodutiva, puberdade e menstruação, reprodução, métodos contraceptivos modernos, gravidez e partos, além das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Mas também trata de outras dimensões da sexualidade, como igualdade de gênero, amor, orientação sexual e identidade de gênero. Ou seja: tópicos antenados com as discussões contemporâneas e que podem afetar a saúde sexual e emocional dos jovens também aparecem como temas a serem discutidos pela escola - caso também de temas como cyberbullying e sexting (trocar mensagens de cunho sexual), por exemplo
Resposta:
Não educação sexual se aprende na escola e não somente em casa casa
Explicação: