História, perguntado por mayanam890, 6 meses atrás

escreva um texto descrevendo a importancia do feminismo

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Respondido por jgabriell0924
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Resposta:

Apesar de todas as conquistas das mulheres nas últimas décadas, ainda vivemos em uma sociedade patriarcal e machista, em que ainda se tolera a violência contra a mulher e a ideia de que esta é inferior ao homem. 

Não é raro ouvirmos comentários de que mulher não pode fazer determinada coisa por ser “coisa de menino e não de menina”. Somos, até mesmo, questionadas se nossos namorados deixam que saiamos sozinhas com as amigas ou usando roupas curtas, como se, de alguma forma, fossemos propriedades dos homens e precisássemos de autorização para fazer alguma coisa.

Não raro também ouvimos comentários que justificam a violência contra a mulher, dizendo que “se apanhou é porque fez alguma coisa”, ou que a vítima de estupro é responsável pela violência sofrida. A vítima é julgada pelo tamanho de suas roupas, pela hora que ela estava andando sozinha na rua, enquanto o seu agressor é esquecido – e, apesar de ter cometido um crime, muitas vezes não é punido.

Ainda, pode-se citar a objetificação do corpo feminino em inúmeras propagandas, onde a mulher está ali como um objeto para agradar e satisfazer o homem. Não só isso: desde meninas, somos levadas a acreditar pelos filmes e contos de fadas que uma mulher só estará verdadeiramente realizada se ela se casar e tiver filhos.

Com tudo isso, não podemos ignorar a importância do feminismo na atualidade. Ao contrário do que muitos pensam, o feminismo não é o oposto do machismo. O feminismo prega a igualdade de gênero, prega uma sociedade onde mulheres e homens tenham, de fato, os mesmos direitos. Defende o direito das mulheres de poderem andar nas ruas sem ter que ouvir cantadas desagradáveis – afinal, o corpo delas pertence somente a elas, sendo a rua pública -, defende que as mulheres possam ganhar o mesmo salário que os homens ao desempenhar a mesma função, entre outras reivindicações. O feminismo desfaz a ideia incutida pela sociedade patriarcal que mulheres devem ser rivais entre si.

No Brasil, temos uma situação alarmante, a violência contra a mulher ainda é muito forte. Segundo a última pesquisa DataSenado sobre violência doméstica e familiar (2015), uma em cada cinco mulheres já foi espancada pelo marido, companheiro, namorado ou ex. Apesar de conquistas como a Lei Maria da Penha e a inclusão do feminicídio no Código Penal, ainda existe muito para ser feito, principalmente porque vivemos um momento político em nossa sociedade onde o conservadorismo e ideias retrógradas vêm ganhando terreno. 

Pode-se citar o desastroso Projeto de Lei n° 5069/2013, de autoria de Eduardo Cunha, que pretende dificultar mais ainda o acesso ao aborto seguro em casos de estupro, exigindo a comprovação da violência através do exame de corpo de delito, o que expõe ainda mais a mulher a uma segunda violência, só que dessa vez praticada contra ela pelo Estado. Atualmente, o testemunho da vítima é suficiente para autorizar a prática do aborto em um caso de estupro. Nem se precisa dizer que a aprovação do Projeto de Lei na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados contou com apenas duas mulheres. São, mais uma vez, os homens decidindo no lugar das mulheres, quando estas são as verdadeiras afetadas. Faz-se um jogo político, em que a religião se coloca à frente dos direitos humanos e em que a laicidade do Estado é completamente ignorada, o que torna o cenário ainda mais preocupante.

As mulheres devem se unir na luta para a proteção de seus direitos – já conquistados e aqueles ainda por conquistar – e na busca da igualdade, de fato, entre gêneros.

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