Escola da mestra Silvina
Minha escola primária...
Escola antiga de antiga mestra.
Repartida em dois períodos
para a mesma meninada,
Das 8 às 11, da 1 às 4.
Nem recreio, nem exames.
Nem notas, nem férias.
Sem cânticos, sem merenda...
Digo mal – sempre havia
distribuídos
alguns bolos de palmatória...
A granel?
Não, que a mestra
era boa, velha, cansada, aposentada.
Tinha já ensinado a uma geração
antes da minha.
CORALINA, C. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. São Paulo: Global, 1993.
Na reconstrução, pela memória, do ambiente escolar e de sua professora, o eu lírico recorre a
elementos que expõem uma visão
A irônica em relação às antigas práticas pedagógicas.
B magoada pela infância de escassez e de maus tratos.
C nostálgica em função da percepção do envelhecimento.
D questionadora acerca do perfil atual da escola e do aluno.
#ProvaENCCEJA2018
Soluções para a tarefa
O poema escrito por Cora Coralina debocha da prática tradicional de ensino (A).
Expressões como: "Nem recreio, nem exames. Nem notas, nem férias. Sem cânticos, sem merenda..." ou "sempre havia distribuídos alguns bolos de palmatória..." marcam a ironia da poetisa em relembrar da época escolar e como era o tratamento da professora com os alunos.
Cora Coralina é o pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nascida no final do século XIX.
Cora fora uma autora simples e do interior. Suas obras literárias beiravam ao singular e era alheia à literatura famosa das grandes cidades. Num cenário rural, escrevia sobre a sua vida em Goiás.
A poetisa escrevia com uma linguagem simples e de fácil entendimento e utilizava do folclore brasileiro para compor suas obras.
Algumas frases da autora: "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina" e "O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida".
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