Pedagogia, perguntado por secybaterap7w7fw, 1 ano atrás

Enunciado:

Educação Libertária

“Esta tendência tem por influência os estudos de crítica das instituições em favor de um projeto autogestionário, desenvolvidos por Maurício Tragtenberg (1929-1998) mesmo não sendo um trabalho voltado diretamente à pedagogia. Contudo, ao propor um processo essencialmente de autogestão das instituições, busca superar os vários limites da burocracia institucional e, na maioria das vezes, também pedagógica. Temos como representantes dessa tendência alguns teóricos conhecidos, como: Freinet, Vasquez, Oury, Ferrer e Guardia, entre outros.

Como princípios fundamentais da Pedagogia Libertária, podemos destacar a preocupação em transformar a personalidade dos alunos num sentido libertário e autogestionário. A educação, por meio da escola, deve estar baseada na participação grupal, favorecendo os processos de distribuição do poder, via assembleias, reuniões, conselhos, eleições, entre outros mecanismos antiautoritários. Este procedimento tem por intenção garantir a participação de todos os agentes, envolvidos no processo educativo, buscando estimular à autonomia dos alunos a solidariedade. 

As ações pedagógicas devem partir do princípio do não controle, isto é, os alunos não são obrigados a participar de nenhuma atividade que não queiram, contudo, é função do grupo e do professor compreender porque este aluno não quer estar incluído. O poder do professor, de forma alguma, deve ser referência nas ações pedagógicas, pois o professor deve ser um orientador, um catalisador, um membro a mais do grupo escolar, estimulando os processos de reflexão e aprendizado.

São os alunos que definem o que se deve estudar, sem necessariamente haver um rol de disciplinas e conteúdos predefinidos. O conhecimento é construído na fusão dos trabalhos intelectual e manual, buscando sempre uma resposta às necessidades e às exigências das questões vinculadas à vida de cada um, em seus aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais, entre outros.

“Método de ensino da Pedagogia Libertária: é na vivência grupal, na forma de autogestão, que os alunos buscarão encontrar as bases mais satisfatórias de sua própria 'instituição', graças à sua própria iniciativa e sem qualquer forma de poder. Trata-se de 'colocar nas mãos dos alunos tudo o que for possível: o conjunto da vida, as atividades e a organização do trabalho no interior da escola (menos a elaboração dos programas e decisão dos exames que não dependem nem dos docentes, nem dos alunos)'. Os alunos têm liberdade de trabalhar ou não, ficando o interesse pedagógico na dependência de suas necessidades ou das do grupo.

O progresso da autonomia, excluída qualquer direção de fora do grupo, dá-se num 'crescendo': primeiramente oportunidade de contatos, aberturas, relações informais entre os alunos. Em seguida, o grupo começa a organizar-se, de modo a que todos possam participar de discussões, cooperativas, assembleias, isto é, diversas formas de participação e expressão pela palavra; quem quiser fazer outra coisa, ou entra em acordo com o grupo, ou se retira. No terceiro momento, o grupo organiza-se de forma mais efetiva e, finalmente, no quarto momento, parte para a execução do trabalho”. (LIBÂNEO, 1994, p. 67-68).”
No campo da educação, as práticas libertárias ainda são pouco utilizadas. O que mais encontramos são estruturas tradicionais, que procuram, por exemplo, quanto à metodologia de ensino, a exposição verbal por parte do professor e a preparação do aluno. O foco principal é na resolução de exercícios e na memorização de fórmulas e conceitos; na relação professor-aluno é marcada pelo autoritarismo do primeiro em relação ao segundo. Somente o professor possui conhecimento para ensinar; quanto aos conteúdos, são aqueles que foram ao longo do tempo acumulados e, nesse momento, são passados como verdades absolutas, sem chance de questionamentos ou levantamentos de dúvidas em relação a sua veracidade.

Atualmente, tratamos muito do aspecto teórico das pedagogias libertárias, sem no entanto conseguir empregá-las para substituir esse velho modelo.

Então, vamos pensar: o que nos leva à admissão das práticas tradicionais e não das práticas da pedagogia libertária?

Rapidamente poderíamos concluir que é o hábito, o que encontramos por aí, como gestão, como ensino, como relação entre professores e alunos, escola e comunidade. Ou seja, a própria estrutura social embutida em todos nós.

E, para alterar isso, precisamos modificar a nós mesmos e vislumbrar, ainda que como uma tentativa ou um início, novas modalidades de ensino e de relações humanas.

Considerando que você está em uma escola tradicional, desenvolva uma estratégia para superar alguns traços da prática escolar tradicional, que centra todo seu processo no professor, e não no aluno. Para tanto, apresente alguns princípios desenvolvidos no texto e que podem favorecer/ajudá-lo a superar velhas metodologias:
. Relação professor x aluno
. Metodologia de ensino
. Conteúdos
. Experiência em grupo

Soluções para a tarefa

Respondido por Matheusieti
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Bom dia!


Com base no enunciado acima, podemos compreender que:


Inicialmente, a relação entre aluno e professor deve ser estabelecida de modo a promover um ambiente confortável para a troca de experiências.

Assim, seguindo essa linha de raciocínio, notamos a importância da metodologia de ensino e a busca por medidas inclusivas para o aprendizado, que fortalecerá o conteúdo a ser apresentado e a interação entre a turma.

Por fim, a experiência em grupo deve partir da busca interativa de questões diárias entre cada um apresentada em sala pelo professor seguindo uma base curricular que possa ser aplicada no dia a dia desses alunos.


Espero ter ajudado;

Um abraço.
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