Enquanto Luiza termina de pôr a criançada a jeito, ele confere o dinheiro que
separou e o prende num clipe. Tudo em ordem para o grande dia. Passa a mão na bolsa
das merendas e se apresenta na porta do quarto.
─ Tá na hora, pessoal.
─ Já vai, já vai, - diz a mulher.
Mariana quer levar o bruxo de pano, Marta não consegue afivelar a sandalinha,
Marietinha quer fazer xixi e Luiza se multiplica em torno delas.
─ Espero vocês lá em baixo.
Luiza se volta.
─ Por favor, vamos descer todos juntos.
Todos juntos, como uma família, papai e mamãe de braços dados à frente do
pequeno cortejo de meninas de tranças.
─ Chama um carro – o passeio de táxi também faz parte do domingo. As meninas
vão com a mãe no banco de trás. Na frente, ele espicha as pernas, recosta a nuca, que
conforto um automóvel e o chofer não é como o do ônibus, mudo e mal-humorado, e
até puxa conversa.
─ Dia bonito, não?
─ Pelo menos isso.
─ É, a vida tá dureza...
Dureza é apelido e do Alto Petrópolis ao Bom Fim viajam nesse tom, tom de
domingo e na sua opinião não é verdade que esse país já tá com a vela?
Na calçada, Luiza lhe passa o braço e comenta que o choferzinho era meio
corredor. Ele concorda e acha também que era meio comunista.
E caminham.
Nas vitrinas do Bom Fim vão olhando os ternos da sala, as mesinhas de centro, os
quartos que sonham comprar um dia. Luiza se encanta num abajur dourado, que lindo,
ficaria tão bem ao lado da poltrona azul. E caminham. [...]
10- O uso da palavra chofer (9° parágrafo) no diminutivo revela um tom de
A) confiança.
B) desprezo.) desprezo.
C) intimidade.
D) nervosismo.
Soluções para a tarefa
Respondido por
7
a resposta correta é a letra c
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