Engenheiro austríaco desenvolve sistema que usa água para armazenar energia (. ) O primeiro elemento básico do sistema é a hidroeletricidade de armazenamento bombeado, uma tecnologia já existente em países com grandes cadeias de montanhas. Isso é um ingrediente fundamental para o sistema funcionar, pois ele precisa de uma grande elevação de um entre dois diferentes reservatórios em relação ao nível do mar. Outro elemento essencial é uma grande quantidade de água. Quando há excedente de energia produzida, esse excedente é usado para bombear a água do reservatório mais baixo para o mais alto. Quando se necessita de mais energia, a água do reservatório mais alto é despejada nas turbinas e a energia é gerada. Disponível em:
Considere o sistema descrito na notícia: a noite, quando sobra energia, é feito um bombeamento de água de um lago de grandes dimensões para um reservatório à 80 m do nível do lago. Durante o dia, esta água é utilizada para gerar energia em uma turbina localizada 80 m abaixo do reservatório elevado. Considerando que a vazão de água é sempre 5000 litros/s (tanto na entrada do reservatório quanto na saída) e que os rendimentos da bomba e da turbina são 70%, qual a potência (em kW) necessária na bomba e a potência (em kW) recuperada na turbina.
Dados: O diâmetro da tubulação é sempre o mesmo ao longo do sistema (d = 0,5 m); g = 10 m/s0; γ = 9810 N/m0.
Soluções para a tarefa
Olá!
Vamos vamos tomar o ponto a montante(chamarei de 1) como o nível superior do reservatório. Este nível está parado e aberto à pressão atmosférica, então e (efetiva).
O ponto 2 a justante da turbina é considerado o nível superior, também suposto em repouso e utilizando a hipótese de pressão estática, resultando em e .
Façamos para a turbina primeiro, aplicando a equação da energia.
Como não foi sequer mencionado o tamanho da tubulação, não podemos calcular as perdas hidráulicas, então vamos desprezá-las. A parcela de velocidade também é nula, pois ambas valem zero. A de pressão igualmente, pois estão abertas à atmosfera.
Calculamos a potência hidráulica(a potência que a água pode fornecer à turbina):
A potência recuperada na turbina é a potência de eixo, pois a máquina não é perfeita. Isto é, descontamos as perdas da potência hidráulica por meio do rendimento:
Veja: a água pode oferecer 3900 kW, mas a turbina só consegue transformar 2750 kW em potência de eixo, sendo o restante perdido(por atrito lateral, choque, no escoamento, por fuga interna em recirculação e etc).
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Para a bomba o raciocínio é análogo, só temos as contribuições devido ao nível, pois as velocidades e pressões são iguais, se desprezarmos as perdas. Resulta na mesma altura de 80 metros para a bomba e, consequentemente, a potência hidráulica(isto é, que a bomba deverá fornecer para o líquido) será a mesma: 3924 kW (SE a altura é a mesma e o restante é propriedade do fluido e do escoamento, então Ph realmente é igual).
O que muda é a potência de eixo necessária na bomba. Nessa máquina fornecemos uma potência de eixo e parte dela é perdida ao se converter em energia hidráulica. Então, após descontarmos as perdas da potência de eixo, deveremos ter a potência hidráulica.
*Obs 1: Veja que a energia recuperada pela turbina é bem inferior à exigida pela bomba, isto é, não conseguiríamos fazer esse sistema se realimentar eternamente(moto perpetuo), como esperamos pela segunda Lei da Termodinâmica.
**Obs 2: Se quiséssemos considerar as perdas, precisaríamos da rugosidade da tubulação(associada ao material que foi fabricada) e de seu comprimento, além de qualquer singularidade(perda de carga local) para computar adequadamente. As perdas distribuídas seriam calculadas pelo Diagrama de Moody, resultando num fator e, em seguida, aplicando a fórmula e as localizadas pela fórmula onde é o coeficiente de perda de carga e c é a velocidade do escoamento.