(ENEM) A aranha parece-vos inferior, justamente porque não a conheceis. Amais o cão, prezais o gato e a galinha não advertis que a aranha não pula nem ladra o cão, não mia como o gato, não cacareja como a galinha, não zune nem morde como o mosquito, não nos leva o sangue e o sono como a pulga. Todos esses bichos são o modelo acabado da vadiação e do parasitismo.A mesma formiga, tão gabada por certas qualidades boas, dá no nosso açúcar e nas nossas plantações, e funda a sua propriedade roubando à alheia. A aranha, senhores, não nos aflige nem defrauda; apanha as moscas, nossas inimigas, fia, tece, trabalha e morre. Que melhor exemplo de paciência, de ordem, de previsão, de respeito e de humanidade? Quanto aos seus talentos, não há duas opiniões.Desde Plínio até Darwin, os naturalistas do mundo inteiro formam um só coro de admiração em torno desse bichinho, cuja maravilhosa teia a vassoura inconsciente do vosso criado destrói em menos de um minuto.
O texto pode ser caracterizado como um pseudoelogio, em que se observa a subversão do senso comum, porque
a) denuncia, por ironia, o que o costume aceita.
b) parodia, por homenagem, o que a biologia acata.
c) elogia, por ironia, o que o senso comum condena.
d) elogia, por metáfora, o que a ciência confirma.
e) elogia o homem por meio da aranha.
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a) denuncia, por ironia, o que o costume aceita
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