Sociologia, perguntado por mariavandaqueiroz, 1 ano atrás

Embora se diga que no Brasil não há racismo, as relações de poder envolvidas no fato de brasileiros negros ou seus descendentes, ainda hoje, mais de cem anos depois da abolição, viverem em uma sociedade assimétrica, violenta e desigual - desmentem essa afirmação. Assim, apesar de o racismo, a discriminação e o preconceito praticados no Brasil nem sempre serem explícitos, se tornam visíveis nos dados estatísticos que servem para comprovar a problemática da escolaridade dos negros. (LOPES; FARIAS; RENNER, 2012). Com base nessa afirmação, elabore um texto entre 10 e 15 linhas refletindo sobre a origem do racismo e da discriminação praticados hoje no Brasil contra negros, indígenas, ciganos, homossexuais e tantos outros. Procure enfatizar o fato de que essas questões constituem a base de uma estrutura profundamente desigual.

Soluções para a tarefa

Respondido por kamylamds
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todos somos iguais independente se as pessoas querem ou não todos somos filhos de uma só pessoa"Deus" não é pela cor da pele, pelo sexo ou pela religião das pessoas que vamos julga-las temos que aceitar que não somos todos a mesma pessoa cada um tem sua escolha de vida a sua opinião guarde pra você. não julgue ninguém sem antes conhecê-lo, não aponte os defeitos de uma pessoa sem antes apontar os seus. uma pessoa negra pode ser muito melhor que muitos brancos, umaCigana pode ser muito mas pura e bondosa que uma pessoa da Igreja assim como uma pessoa da Igreja pode ser muito melhor do que uma Cigana,isso você só vai saber se conhecê-la,uma pessoa homosexual pode ser muito melhor que você não importa oq ela tem ou oq faz oq importa é oque ela é por dentro e não por fora.não julgue ninguém sem antes se julgar. ninguém é perfeito aceite isso
Respondido por leandraandrezalar
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Resposta:

O racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era colonial e escravocrata, imposto pelos colonizadores portugueses. Uma pesquisa publicada em 2011 indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a raça interfere na qualidade de vida dos cidadãos. Para a maioria dos 15 mil entrevistados, a diferença entre a vida dos brancos e de não brancos é evidente no trabalho (71%), em questões relacionadas à justiça e à polícia (68,3%) e em relações sociais (65%).[1] O termo apartheid social tem sido utilizado para descrever diversos aspectos da desigualdade econômica, entre outros no Brasil, traçando um paralelo com a separação de brancos e negros na sociedade sul-africana, sob o regime do apartheid. O resultado da pesquisa, elaborada em 2008, demonstra que, apesar de comporem metade da população brasileira, os negros elegeram pouco mais do que 8% dos 513 representantes escolhidos na última eleição.[2]

De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Emprego de 2015, os trabalhadores negros ganharam, em média, 59,2% do rendimento que os brancos ganham, o que também pode ser explicado pela diferença de educação entre esses dois grupos.[3] Além disso, de acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de negros assassinados no país é 132% maior que o de brancos.[4]

Dentre aqueles que ganham menos de um salário mínimo, 63% são negros/pardos e 34% são brancos. Dos brasileiros mais ricos, 11% são negros/pardos e 85% são brancos. Em uma pesquisa realizada em 2000, 93% dos entrevistados reconheceram que existe preconceito racial no Brasil, mas 87% dos entrevistados afirmaram que mesmo assim nunca sentiram tal discriminação. Isto indica que os brasileiros reconhecem que há desigualdade racial, mas que o preconceito não é uma questão atual, mas algo remanescente da escravidão, apesar da ordem institucional e estrutural também serem partícipes nesta questão.[5] De acordo com Ivanir dos Santos (ex-especialista do Ministério da Justiça para assuntos raciais), "há uma hierarquia de cor da pele onde os negros parecem saber seu lugar."[6] Para a advogada Margarida Pressburger, membro do Subcomitê de Prevenção da Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil ainda é "um país racista e homofóbico."[7]

Um relatório divulgado pela ONU em 2014, com base em dados coletados no fim de 2013, apontou que os negros do país são os que mais são assassinados, os que têm menor escolaridade, menores salários, menor acesso ao sistema de saúde e os que morrem mais cedo. Também é o grupo populacional brasileiro que mais está presente no sistema prisional e o que menos ocupa postos nos governos. Segundo o relatório, o desemprego entre os afro-brasileiros é 50% superior ao restante da sociedade, enquanto a renda é metade da registrada entre a população branca. As taxas de analfabetismo são duas vezes superiores ao registrado entre o restante dos habitantes. Além disso, apesar de fazerem parte de mais de 50% da população (entre pretos e pardos), os negros representam apenas 20% da produção do produto interno bruto (PIB) do país. A violência policial, especialmente contra os negros, e o racismo institucionalizado também são apontados pelas Nações Unidas: "O uso da força e da violência para o controle do crime passou a ser aceito pela sociedade como um todo porque é perpetuado contra um setor da sociedade cujas vidas não são consideradas como tão valiosas", criticou a ONU. Em 2010, 76,6% dos homicídios no país envolveram afro-brasileiros. Apesar de reconhecer avanços no esforço do governo em lidar com o problema, o chamado mito da "democracia racial" foi apontado pela organização internacional como um impedimento para superar o racismo no país, visto que é "frequentemente usado por políticos conservadores para desacreditar ações afirmativas". "A negação da sociedade, da existência do racismo, ainda continua sendo uma barreira à Justiça", afirmou o relatório.[8] No dizer da professora e pesquisadora Izabel Cruz Melo, "o racismo segue se atualizando na sociedade brasileira".[9]

Espero ter ajudado !

Bons estudos.

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