Em tempos em que as redes sociais são quase uma extensão de nossas vidas, as fronteiras que separam o que é público e o que é privado podem ser confundidas. O caso recente de uma mensagem no Facebook avisando publicamente uma garota sobre a traição de seu namorado é um exemplo disso.
A boa intenção por trás da iniciativa tromba em uma enorme questão de privacidade e que pode trazer problemas não apenas para quem publicou a mensagem, como também para quem curtiu e compartilhou o texto — e isso é algo que poucas pessoas parecem saber e se importar.
O caso em questão gerou repercussão porque muita gente achou incrível a atitude do rapaz de mostrar ao mundo um caso de infidelidade, somando milhares de curtidas e compartilhamentos de usuários revoltados com a aparente canalhice ali descrita. O problema é que, ao apontar um erro, ele cometeu vários, inclusive perante a lei.
Esse tipo de denúncia esbarra em várias questões legais referentes à privacidade das pessoas. Mesmo sem uma identificação específica dos envolvidos no triângulo amoroso, não é preciso ser nenhum Sherlock Holmes para juntar os nomes divulgados, a faculdade e o curso em questão para encontrá-los, e é sob essa alegação que, de acusador, ele pode se tornar réu.
Uma simples postagem pode ser o começo de um problema muito maior. Expor alguém na internet, mesmo de maneira aparentemente inofensiva, pode ser visto como crime de calúnia e difamação, que de acordo com o Código Penal Brasileiro pode resultar em prisão de três meses a dois anos, além de multa. Afinal, em termos jurídicos, você está desrespeitando um dos principais pontos da Constituição. Segundo o Artigo 5º, inciso X, “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material e moral decorrente de sua violação”.
Significa que, mesmo que você não tenha a intenção de prejudicar alguém com a sua postagem, ela pode trazer consequências aos envolvidos e isso nem sempre precisa estar relacionado a algum tipo de prejuízo. No caso da traição, por exemplo, se a garota que estava sendo avisada se sentiu constrangida por estar sendo exposta dessa forma para todo mundo ver, ela pode entrar na Justiça. O mesmo pode acontecer com o rapaz que estava “pulando a cerca”, uma vez que ele pode alegar que a sua privacidade estava sendo invadida. Parece injusto, mas é um direito dele.
Fonte: Violação de Privacidade em tempos de Facebook: entenda o que diz a lei. Disponível em: . Acesso em: 10. jul. 2018 (adaptado).
A partir da leitura do texto, avalie as afirmações a seguir.
I. Os usuários devem ter conhecimento de que as redes sociais são consideradas espaços públicos e como tal devem ser respeitadas dentro dos seus limites.
II. Os usuários devem ter conhecimento de que criar postagens que contenham opiniões ou imagens que violem a dignidade alheia ou incitem a violência são previstas como crime.
III. Os usuários precisam ter o mesmo bom senso ao interagir em redes sociais que teriam na vida fora destas, compreendendo os limites e consequências da exposição, principalmente no que diz respeito a outros usuários.
É correto o que se afirma em:
I, apenas.
III, apenas.
I e II, apenas.
II e III, apenas.
I, II e III.
Soluções para a tarefa
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4
Resposta:|| e |||
Explicação:
neilma379146:
Esta errada a resposta
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7
Resposta:
I, II, III estão corretas.
Explicação:
Corrigido no AVA
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