Em relação ao tipo de fibra muscular, qual a diferença entre negro e brancos ?
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Estudo de revisão publicado recentemente em uma das principais revistas científicas na área da ciência do esporte tenta responder se existem diferenças entre pessoas da raça negra e branca sobre os tipos de fibras musculares, capacidade aeróbica e sua influência sobre processos metabólicos. Essa sempre foi uma duvida pertinente, talvez atualmente não em relação à predominância dos tipos de fibras musculares, contudo sobre a relação dessa predominância sobre mecanismos relacionados à capacidade aeróbica e se as diferenças específicas por raça poderiam contribuir para o risco de saúde e doenças entre negros e brancos. Um série de estudos publicados pelo grupo do Steven Blair já haviam demonstrado uma correlação inversa entre a capacidade aeróbica e o risco cardiometabólico e em maio desse ano corrente publicou um artigo no J Am Coll Cardiol mostrando que a melhoria da aptidão cardiorrespiratória seria um grande aliado como fator de proteção para desenvolvimento de dislipidemias, porém diferenças entre raças ainda seria uma lacuna. O estudo do Ceaser & Hunter caracteriza as diferenças entre as fibras musculares de negros e brancos sendo que a predominância entre as pessoas da raça branca tenderia para as miofibras do tipo I e os negros para miofibras do tipo II e essas estariam mais fortemente associadas com obesidade, hipertensão e diabetes, particularmente em indivíduos negros não hispânicos. Importante relatar que a combinação entre elevada proporção de fibras musculares tipo II, obesidade e baixa capacidade aeróbica podem contribuir para um perfil metabólico “ruim”, que podem futuramente aumentar a prevalência de doenças e mortalidade precoce, especialmente quando combinado com estilo de vida sedentário.
O que torna esse tema interessante é que estudos mostraram que a diferença relativa no consumo máximo de oxigênio (VO2 max) entre negros e brancos parece ser de aproximadamente 2 a 5 ml/kg/min. Essas diferenças podem parecer pequenas porém tem grande relevância clinica, visto que sabe-se que pequenas diferenças no VO2 max refletem uma redução no risco de doenças em torno de 17%. O que de fato torna esses achados relevantes do ponto de vista clinico é que a compreensão dessas diferenças raciais podem ajudar a identificar a capacidade aeróbica mínima que possa reduzir o risco de doenças nessa população. Então amigos o que podemos dizer é que sendo negros, brancos ou de qualquer outra raça manter uma boa aptidão cardiorrespiratória seria o primeiro passo, dentre tantos outros, para redução do risco de doenças principalmente as de características metabólicas.
Resposta:
cara... isso é meio racista né