em relação a pintura na idade média, quais são suas características?
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A pintura europeia constitui a base da tradição ocidental de pintura. Uma das formas de arte mais consistentemente prestigiadas e populares desde a Antiguidade, o acervo que sobrevive é vasto e extremamente diversificado, resultado de diferentes fatores estéticos, culturais, sociais e econômicos, próprios de cada região e de cada fase cronológica. A trajetória da pintura europeia cobre um período de quase 40 mil anos, se estendendo da Pré-História à Contemporaneidade, mas neste artigo limita-se o estudo até a Idade Média, quando são lançadas e consolidadas algumas das principais bases estéticas e técnicas da pintura como ela é praticada até hoje em todo o mundo, sendo a contribuição europeia uma das mais relevantes em escala global.
Muitos foram os motivos que levaram o homem a pintar, e muitas foram as capacidades atribuídas a esta forma de expressão. Seus primeiros praticantes provavelmente a consideravam um veículo de poderes sobrenaturais, e desde então ela incorporou outros atributos, principalmente o de instrumento didático, usada maciçamente na doutrinação religiosa, na propaganda política e na educação pública, sendo neste intervalo uma arte na maior parte das vezes eminentemente utilitária, ainda que os critérios estéticos não fossem negligenciados. Para cumprir bem esta importante função social, num tempo em que a maioria da população era analfabeta, naturalmente a pintura assumiu um caráter predominantemente figurativo e narrativo, sendo essencial que a mensagem fosse compreendida de maneira clara e correta. Foram variadas as técnicas empregados na sua execução, podendo ser citadas como tradicionais a têmpera, o afresco, a encáustica e, última a aparecer, o óleo.
A pintura da Europa neste período tem sido exaustivamente estudada e interpretada pelos especialistas e é fonte da conhecimentos inestimáveis sobre a história, a sociedade, a cultura e o modo de vida de pessoas e grupos de todos os perfis, sendo um material didático regularmente presente nas atividades escolares e acadêmicas, mas muito ainda está para ser conhecido ou melhor esclarecido, havendo considerável controvérsia e incerteza sobre uma variedade de aspectos. Inumeráveis museus públicos e privados se dedicam a preservar este grande legado, que tem sido identificado como um dos mais representativos da cultura do ocidente.