Geografia, perguntado por anacarolyna9049, 8 meses atrás

em que geração a produção econômica surgiu no Brasil

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Respondido por arthu006
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Resposta:A história da economia do Brasil é também a história da sociedade brasileira. Compreender nosso passado econômico é compreender como nos formamos enquanto sociedade, povo, territorialidade. De acordo com o Fundo Monetário Internacional, em 2019, o Brasil ocupava a nona posição no ranking econômico mundial. Entretanto, estar no top 10 em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) mundial não significa ser um país rico e desenvolvido. Isso é a história quem nos garante. A economia brasileira foi criada em contexto de valorização da exportação, com baixo índice de desenvolvimento no solo nacional.

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Breve história da economia do Brasil

A economia brasileira moldou-se com base no pensamento mercantil do homem europeu do século XV, um homem ávido por aventura, enriquecimento e poder. Seu espírito aventureiro fê-lo atravessar o Oceano Atlântico em prol de novas conquistas e territórios, indo além do que jamais tivera ido. Entretanto, esses sentimentos não foram transferidos para a sociedade que viria anos depois, pois toda essa sede de lucro era do europeu.

Ao chegarem aqui, em 1500, os europeus não encontram inicialmente ouro e outras pedras preciosas. O contato com os nativos foi de espanto e surpresa, como em qualquer ocasião quando se chega a um local inóspito, de terras desconhecidas.

A ausência de pedras preciosas fez com que os portugueses olhassem para a exuberante Mata Atlântica no litoral nordestino, nas atuais terras baianas. Essa mata estava recheada de uma árvore bem comum nas florestas do Oriente: o pau-brasil, tão importante e abundante que nomeou o território que habitava com expressividade.

Essa árvore foi retirada do território nativo com a ajuda dos habitantes que aqui viviam e que desconheciam o “homem branco”, assim chamado nas literaturas históricas pela sua aparente falta de melanina. Tempos depois, essa ajuda virou uma grande escravidão, seguida de massacre em aldeias que demonstraram resistência.

A retirada da árvore acontecia mediante uma troca: o europeu “presenteava” o nativo com espelhos, miçangas, bijuterias e afins, e o nativo ajudava-o no que seria o primeiro desmatamento da história brasileira e a primeira atividade econômica aqui praticada.

O pau-brasil que saía do Nordeste era comercializado na Europa e em outras partes do mundo. A troca entre portugueses e nativos era chamada de escambo, uma ação extremamente desgastante para os habitantes naturais desse território.

Anos mais tarde, ainda no século XVI, uma segunda atividade foi introduzida: o plantio da cana-de-açúcar, o qual foi possível graças ao clima tropical e solo fértil do Nordeste do país. O açúcar, naquela época, era considerado um “ouro branco”, tamanho era seu valor. Foram tempos de desenvolvimento dos primeiros aglomerados urbanos, com destaque para o território onde hoje é o atual estado de Pernambuco. Recife e Olinda eram cidades em que a plantação de cana foi um sucesso.

Por muitos anos, o cultivo da cana era a principal atividade econômica no Brasil.

Por muitos anos, o cultivo da cana era a principal atividade econômica no Brasil.

O açúcar nordestino era produzido com mão de obra escrava negra africana e exportado. Concomitantemente ao plantio, o gado era cultivado, uma espécie de atividade econômica paralela que, cinco séculos depois, tornaria o Brasil o maior produtor de carne bovina para consumo do mundo.

No século seguinte, com a queda na produção açucareira e a descoberta de ouro no Sudeste do país, onde hoje se localiza o estado de Minas Gerais, o Brasil vê na produção aurífera mais uma atividade lucrativa, que perdurou por quase 100 anos. Um tempo relativamente curto, mas que possibilitou o enriquecimento de várias pessoas e cidades.

Já no século XIX, a atividade econômica predominante era a plantação e produção de café. Essa planta asiática foi a locomotiva da economia brasileira nos tempos imperiais, sendo fundamental para o surgimento do setor econômico que se desenvolveria no século passado: o industrial.

O café possibilitou o acúmulo de capital no Sudeste, favorecendo grandes investimentos privados na atividade industrial, que ainda era incipiente. A crise cafeeira nos anos 1920 foi a centelha para a industrialização brasileira, que continua em plena expansão.

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