Artes, perguntado por paulabelly4380, 8 meses atrás

em quais caracteristicas a arte se configura como linguagem

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Respondido por iandrasouza053
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Resposta:Este estudo busca aprofundar o entendimento dos processos interativos no campo da arte tecnológica. Para isso, vai buscar nos estudos de Mark Johnson e George Lakoff os elementos necessários para a produção de uma perspectiva capaz de oferecer um maior aprofundamento sobre os processos que envolvem a produção de significados e a experiência estética.

Não passa despercebido que experienciamos um fenômeno sem precedentes na história da cultura. A diluição dos limites entre as várias atividades no campo das artes são evidentes e tem constituído um desafio para estudiosos e críticos. A hibridação entre antes bem delimitadas formas de manifestação artística caracteriza a arte contemporânea e essas transgressões interfronteiras coloca questões conceituais complexas, que fazem alguns críticos acreditarem que a arte hoje esteja para além da determinação histórica, da definição conceitual e do julgamento crítico1. Flores2, consciente deste desafio, parece à busca de novas perspectivas para enfrentá-lo ao se perguntar se a fotografia e a pintura são, de fato, dois meios diferentes.

A cultura contemporânea seria mais bem compreendida se fosse considerada para além apenas da diversidade de seus produtos dentre os quais devemos incluir aqueles oriundos da arte. Avanços recentes nas neurociências apontam a experiência estética como aspecto central no efeito cognitivo gerado pelos produtos provenientes da esfera artística da cultura, e que esta se origina nos estímulos sensoriais que a concretude desses produtos pode produzir. O estético na arte "relaciona-se com o que é percebido como belo e recompensador", é a conclusão a que chegaram Ishizu e Zeki quando discorrem sobre a inadequação da ideia de "significância da forma" proposta pelo historiador de arte Clive Bell3. Segundo Bell, a beleza visual advinha de alguma qualidade comum e peculiar aos objetos estéticos. O que Ishizu e Zeki perceberam é que a experiência estética é um fenômeno cognitivo de natureza subjetiva, independente de propriedades particulares dos objetos e abarca aqueles constituídos dentro e fora dos padrões de beleza formal. Sabe-se a partir desses estudos que existe uma forma objetiva para entender e medir a experiência consciente e estética através da observação do estado de excitação dos neurônios situados numa estrutura cortical do cérebro denominada córtex médio órbito frontal (mOFC)4.

A partir de um viés diferente, porém convergente, a filósofa Juliane Rebentisch argumenta que é vantajoso considerar a arte contemporânea a partir de dois aspectos principais: o borramento de limites e a experiência. Para a autora, estas são noções mais adequadas para a tarefa de compreender a arte contemporânea e considerar sua produção do que "pós-história" ou "cultura do espetáculo". Tais categorias são importantes, pois apontam para mudanças fundamentais na teoria e prática artística, mudanças estas igualmente fundamentais para a compreensão da arte contemporânea. Contudo, para Rebentisch estas não são as melhores categorias para descrever esta mudança.

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