"Em outras palavras, deve-se, sobretudo, a Huizinga ter quebrado com o estigma do período medieval, bem como demonstrado a fluidez, e não ruptura, existente entre a Idade Média e o Renascimento, coisa que ao longo do século 20 se tornou moeda corrente entre os maiores estudiosos de ambos os períodos". (PETRONIO, Rodrigo. "Huizinga e a nova idade média". In: Revista Cult, ano 14, nº 155, mar 2011, p. 36–37.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o período da Idade Média no mundo ocidental, é correto afirmar: a) O historiador Huizinga é lembrado como um dos medievalistas que mais contribuíram para propagar uma visão negativa sobre a Idade Média. b) A existência de um mecanismo de controle social como a Inquisição medieval torna incompreensível a persistência de um estigma em relação à sociedade da Idade Média. c) A valorização e o olhar positivo sobre a sociedade medieval, presente na nova historiografia, tem como base a descoberta do papel humanitário da Igreja Católica durante a Idade Média. d) O historiador Huizinga é um dos principais responsáveis por destacar a ligação existente entre elementos dos períodos medieval e renascentista. e) A ruptura entre a Idade Média e a época renascentista é uma característica apontada por unanimidade entre os estudiosos do período medieval.
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É correta a alternativa D, sendo esta uma interpretação relativamente recente e que questiona muitas daquelas que seriam as bases da historiografia iluminista sobre a Idade Média.
A ideia de que o Renascimento representaria uma quebra completa com o paradigma da Idade Média, marcando o triunfo da Razão sobre o dogmatismo religioso, embora seja muito difundida, não é necessariamente uma análise verdadeira do período. Havia ainda no Renascimento, em grande parte patrocinado pela Igreja Católica, muitos valores que estavam ligados com o mundo e com a realidade medieval.
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