Em Olhos Vedes de Golçalves Dias, qual o tema abordado e seu tipo de linguagem?
Soluções para a tarefa
Explicação:
Gonçalves Dias marcou a literatura nacional com suas obras de caráter indianista. O escritor pertence à primeira fase do Romantismo brasileiro, fase marcada pela idealização dos indígenas e exaltação das paisagens nacionais. Entre as suas principais obras, estão “Canção do Exílio”, “Os Timbiras”, “I-Juca Pirama”. Alguns versos de “Canção do Exílio”, inclusive, estão no hino nacional.
Com ideais nacionalistas, o escritor buscava colocar mais características do Brasil nas suas obras. Pela sua atuação na literatura, Dias foi homenageado por Olavo Bilac, que o colocou como patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras.
MOVIMENTO LITERÁRIO
Gonçalves Dias pertence à primeira fase do Romantismo, fase com caráter indianista. Seus escritos colocavam o Brasil na literatura. Os povos indígenas eram muito retratados, assim como as paisagens nacionais. Outro autor importante do movimento é José de Alencar, que publicou obras que marcaram o indianismo, como “O Guarani” e “Iracema”.
Estilo
É possível perceber nos poemas de Gonçalves Dias um lado mais clássico, com um escrita equilibrada e rígida, e um lado puramente romântico. O ritmo também é importante nos poemas de Dias, o que influencia o seu modo de escrever.
O índio é retratado como um guerreiro nobre, um herói. Enquanto o branco simboliza a exploração. O sentimentalismo também está presente nas obras do autor, principalmente nas que falam sobre o sofrimento causado pelo amor.
BIOGRAFIA
Antônio Gonçalves Dias atuou como jornalista, poeta, advogado e teatrólogo. Nascido no Maranhão, Gonçalves é filho do português João Manuel Gonçalves Dias com uma mestiça brasileira, Vicência Ferreira, e sofreu preconceito pela origem. Já em Portugal, estudou Direito na Universidade de Coimbra e participou da “Gazeta Literária” e de “O Trovador”, começando a tratar do romantismo. Na época, teve contato com Almeida Garret, outro autor romântico. Foi nesse período que escreveu uma de seus obras mais conhecidas, “Canção do Exílio”. Depois, retornou ao Brasil.
A musa de seus escritos românticos era Ana Amélia Ferreira Vale. O escritor, inclusive, tentou se casar com ela. Por preconceito, no entanto, a família da moça recusou o pedido. Dias acaba se casando com Olímpia da Costa, mas se separa quatro anos depois.
No Rio de Janeiro, trabalhou como professor no prestigiado Colégio Pedro II e publicou seus textos no “Jornal do Commercio”, na “Gazeta Oficial”, no “Correio da Tarde” e na “Sentinela da Monarquia”. Fundou em 1849, com a ajuda de Joaquim Manuel de Macedo e Manuel de Araújo Porto-Alegre, uma revista para divulgar os ideais românticos, a “Guanabara”. O escritor era também um estudioso de educação e, como funcionário da Secretaria dos Negócios Estrangeiros, foi pesquisar o assunto na Europa.
Em busca de tratamento para problemas de saúde, foi novamente para Europa em 1862, não teve sucesso e resolveu voltar ao Brasil. No caminho, o navio em que estava naufragou e apenas o escritor morreu, esquecido pelos tripulantes. Dias estava a bordo do Ville Bologna perto do Maranhão. No local, o navio Cambridge também afundou.
Pela sua importância na literatura nacional, Gonçalves Dias é patrono da cadeira nº 15 da ABL, fundada por Olavo Bilac. E versos do seu principal poema, “Canção do Exílio”, estão no hino nacional