Em meu oficio ou arte taciturna
Neste poema, o eu lírico define o seu oficio.
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Em meu ofício ou arte taciturna
Exercido na noite silenciosa
Quando somente a lua se enfurece
E os amantes jazem no leito
Com todas as suas mágoas nos braços,
Trabalho junto à luz que canta
Não por glória ou pão
Nem por pompa ou tráfico de encantos
Nos palcos de marfim
Mas pelo mínimo salário
De seu mais secreto coração.
ação da
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de seu
Escrevo estas páginas de espuma
Não para o homem orgulhoso
Que se afasta da lua enfurecida
Nem para os mortos de alta estirpe
Com seus salmos e rouxinois,
Mas para os amantes, seus braços
Que enlaçam as dores dos séculos,
Que não me pagam nem me elogiam
E ignoram meu ofício ou minha arte.
1. Qual é o tema abordado no poema?
Explique a relação entre o título e o tema desenvolvido no poema.
2. Releia.
que canta
"Trabalho junto à luz
Não por glória ou pão
Nem por pompa ou tráfico de encantos
Nos palcos de marfim
Mas pelo mínimo salário
De seu mais secreto coração."
a) Transcreva os versos em que o eu lírico sugere o "motivo" pelo
qual trabalha.
b) Que recurso é utilizado nesses versos para indicar aquilo que não
se constitui como "motivo" para o oficio do poeta? Justifique sua
resposta.
3. Na segunda estrofe, o eu lírico deixa evidente a quem o seu oficio
não se destina. Explique.
a) Transcreva os versos do poema que comprovam sua resposta.
b) É possível afirmar que, nesses versos, é utilizado o mesmo recurso
identificado por você na questão anterior? Justifique.
4. Como o ofício do eu lírico é visto por aqueles para quem ele escreve?
• De que maneira essa "atitude" dos interlocutores do eu lírico e a
forma como ele caracteriza seu oficio se relacionam ao adjetivo
"taciturna", usado para definir a sua "arte"?
5. Considerando suas respostas anteriores, explique que elementos
do poema permitem associá-lo ao gênero lírico.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Com base no enunciado acima, podemos compreender que:
O poema dialoga sobre a arte apresentada pelo sujeito lírico.
O título tem uma profunda relação com o desenvolvimento central apresentado, principalmente pelo fato do autor dialogar sobre as características de seu trabalho.
O autor comenta sobre seu motivo pelo qual trabalha no seguinte trecho: "Trabalho junto à luz que canta Não por glória ou pão Nem por pompa ou tráfico de encantos Nos palcos de marfim Mas pelo mínimo salário De seu mais secreto coração."
Nessa segunda parte o autor diz que não direciona sua arte para o homem orgulhoso.
O verso: "Escrevo estas páginas de espuma Não para o homem orgulhoso Que se afasta da lua enfurecida Nem para os mortos de alta estirpe."
No texto o autor dialoga sobre a necessidade da apreciação de sua arte, dando características e apresentando para quem ele a direciona.
O poema se enquadra no gênero lírico pela forma como autor define seu entendimento sobre sua arte, esclarecendo de maneira sucinta porém utilizando de elementos subjetivos que promovem a interpretação livre.